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O primeiro-ministro, António Costa, considera que os vários casos de alegadas irregularidades não podem diminuir o “grande sucesso” do plano de vacinação contra a Covid-19 e diz que o coordenador da task force demitiu-se por razões externas, relacionadas com o Hospital da Cruz Vermelha.

O chefe do Governo falava à margem de uma visita ao Hospital Prisional São João de Deus, onde acompanhou o processo de vacinação de funcionários.

António Costa reafirma que fazer batota na vacinação “algo que é grave e exige punição”, mas não pode apagar o que considera ser o sucesso do plano.

“Não podemos a partir de um fruto podre estar aqui a diminuir uma operação de grande sucesso que tem vindo a desenvolver-se. Na semana passada, foi concluído o processo de vacinação de todos os profissionais de saúde prioritários, foi concluída a primeira toma da vacina de todos os residentes em lares e funcionários, salvo onde havia surtos. Já estamos neste momento a executar a segunda fase para maiores de 80 anos e de 50 com comorbilidades”, salientou.

Questionado sobre a demissão de Francisco Ramos, coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19, António Costa afirma que “nada teve a ver com o trabalho da task force”, mas sim com irregularidades na seleção de profissionais de saúde para vacinação no Hospital da Cruz Vermelha, onde Francisco Ramos é presidente do conselho executivo.


Sobre a escolha de um militar para liderar o grupo de trabalho, o primeiro-ministro assinala que o vice-almirante Gouveia e Melo já integrava a task force e que as Forças Armadas têm desempenhado um papel importante no processo.

“Desde o princípio, no processo de vacinação, como em outras áreas, as Forças Armadas têm estado profundamente envolvidas. O novo coordenador da task force, o vice-almirante Gouveia e Melo, era já membro da task force e era responsável por toda a organização logística desta operação.”

António Costa fala numa “operação logística particularmente complexa e muito intensa no tempo, e com uma escala nunca vista”.

“Para isso, a colaboração das Forças Armadas no desenho da operação logística foi essencial e desde o princípio que o vice-almirante Gouveia e Melo tem vindo a desempenhar essas funções e agora vai prossegui-las liderando a equipa”, salienta.

Questionado sobre a meta de vacinar 70% da população até ao verão, António Costa acredita que vai ser cumprida, desde que as farmacêuticas cumpram as encomendas e não aconteçam incidentes de percurso.

“O plano de vacinação é conhecido. E se as quantidades de vacinas que estão contratadas forem entregues a tempo e horas, não há nenhuma razão para não acreditar que vamos cumprir o plano de vacinação”, declarou.

O primeiro-ministro sublinha que o plano “é bastante longo”, mas, “se tudo correr bem e com normalidade, nós atingiremos 70% de imunização comunitária no final do verão”.

Evolução da Covid-19 em Portugal