O Presidente Donald Trump concedeu esta quarta-feira vários indultos totais, ou parciais, cumprindo assim uma tradição de Natal.

Entre os 20 reclusos que beneficiam destes indultos estão o seu ex-conselheiro de campanha George Papadopoulos, vários ex-congressistas republicanos e ainda quatro mercenários da agência Blackwater, que foram condenados por matar civis no Iraque.

Quinze pessoas receberam um indulto total e outros cinco viram as suas penas comutadas.

George Papadopoulos, que foi condenado por ter mentido ao FBI durante a investigação ao caso da alegada interferência da Rússia nas eleições de 2016 que deram a Trump o seu primeiro mandato. Numa declaração afirmou estar “em êxtase” com a notícia da sua libertação.

Outros dois que beneficiam do privilégio presidencial são Duncan Hunter e Chris Collins, ex-congressistas. O primeiro foi condenado por desviar fundos de campanha para uso pessoal e o segundo por abuso de informação privilegiada. Collins foi o primeiro membro do congresso a apoiar publicamente Donald Trump para a presidência.

Também polémico é o indulto a quatro mercenários do grupo Blackwater, que foram condenados pelo homicídio de civis no Iraque.

Esta não é a primeira vez que um Presidente utiliza o seu poder de conceder indultos e comutações para beneficiar amigos e aliados. Bill Clinton, por exemplo, fê-lo em mais do que uma ocasião.

O campeão dos indultos, contudo, é Barack Obama, que concedeu centenas só nos seus últimos dias na Casa Branca, mas visou sobretudo pessoas que tinham sido condenadas ao que ele considerava serem penas demasiado pesadas e evitou indultar pessoas presas por crimes ligados à política.

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