“É a China a tentar reduzir a cinzas o que são as experiências mais próximas de democracia e liberdade que tem à sua porta. Porque vê Hong Kong e Macau como feridas no seu orgulho nacionalista e vai fazer tudo para as anular”, considera o comentador d’As Três da Manhã.

Henrique Raposo recorda a visita que fez ao território, em 2017, durante a qual já sentiu o “clima controlado” que se ali se vive.

“Teoricamente, a autonomia acaba só em 2049, segundo o acordo de Portugal com a China, mas quando se está em Macau percebe-se que a alegada autonomia de Macau e o respeito pela língua portuguesa é só um ‘pro forma’, é uma realidade ‘de jure’, que está na letra da lei, mas que não se sente”, diz.

Na opinião de Henrique Raposo, a atual atitude de Pequim também pode estar relacionada com a pandemia: “é a China continental a tentar esconder a culpa que tem”.

“A pandemia começou na China e é responsabilidade da China”, defende o comentador, que conclui: “A China está cada vez mais autoritária”.