02 mar, 2024 - 18:31 • Alexandre Abrantes Neves
Mais de 31 mil cartas para votar por correspondência já foram devolvidas ao ministério da Administração Interna (MAI) – um número que, ainda assim, está abaixo dos dados de 2022.
Segundo o relatório provisório sobre o voto no estrangeiro da secretaria-geral do MAI, dos 31.572 envelopes devolvidos, cerca de 66% (29.970) vieram para trás por “motivo de destinatário desconhecido”. Logo a seguir, está a mudança de morada do eleitor – que ditou a devolução em 16% dos casos (5.059 votos) – e, a fechar o pódio, insuficiências no endereço de entrega levaram a que 3.053 cartas (9,67%) regressassem ao MAI.
Entre as outras causas para a devolução dos boletins de votos, encontram-se motivos como a recusa por parte do destinatário, o falecimento do eleitor, a não-reclamação do envelope ou até a inexistência da morada de receção.
Contudo, e em comparação com as últimas legislativas, a devolução das cartas diminuiu mais de metade: em 2022, e também a uma semana das eleições, 63.450 envelopes já tinham sido devolvidos – perto de 4,2%, enquanto em 2024 a percentagem de devolução desceu para pouco mais de 2%.
Já quanto aos eleitores que já enviaram os votos, são por esta altura perto de 100 mil – cerca de 10% daqueles que votam por correspondência.
Dos mais de um milhão e meio de eleitores recenseados no estrangeiro, apenas 5.283 manifestaram a intenção de votar presencialmente nos consulados ou embaixadas – e é fora da Europa que esta opção é mais popular.
Em primeiro lugar, encontra-se o Brasil, com perto de 1400 votos presenciais, mas logo a seguir fica a Venezuela, apenas com uma diferença de 19 votos. Já a medalha de bronze vai para a África do Sul, onde mais de 300 pessoas se inscreveram para votar presencialmente.
Em comparação com as últimas legislativas, o número de emigrantes a querer votar presencialmente quase que duplicou - em 2022, eram apenas 2.872.
O voto presencial nas embaixadas e consulados decorre durante o fim de semana das legislativas, já nos próximos dias 9 e 10. Na mesma altura, termina também o voto por correspondência: os eleitores devem colocar os envelopes no correio até ao dia das eleições.