03 abr, 2017 - 18:06
O vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Hermínio Loureiro, rotulou de "intolerável e inqualificável" a agressão de que foi alvo o árbitro José Rodrigues, por parte de um jogador, no encontro dos distritais da AF Porto, entre Rio Tinto e Canelas.
O dirigente federativo não se coibiu de criticar, de forma dura, o momento protagonizado pelo jogador Marco Gonçalves, que agrediu o juiz em causa com uma joelhada, provocando uma fractura tripla do nariz de José Rodrigues.
"É absolutamente intolerável e inqualificável aquilo a que ontem assistimos", afirmou o "vice" da FPF, à saída de uma reunião com a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), realizada esta segunda-feira no sentido de discutir os recentes casos de agressão a árbitros, com destaque para o incidente do encontro realizado ontem, no concelho de Gondomar.
“Fizemos, nessa reunião, um levantamento exaustivo de todas as situações de violência ocorridas distrito a distrito. Foi feita igualmente uma sensibilização para que exista uma atenção especial para os encontros mais decisivos da época desportiva em curso” explicou Hermínio Loureiro, reforçando ainda a ideia de que os “os clubes com histórico de violência têm de ter policiamento obrigatório”.
O dirigente admitiu ainda, ter pedido à AF Porto todas as informações relativas ao incidente do Rio Tinto-Canelas, revelando ainda que o caso tem sido acompanhado com especial atenção pelo Conselho de Arbitragem (CA).
O caso que envolveu o jogador Marco Gonçalves já está em tribunal. O número “10” do Canelas foi dispensado pelo clube, com efeitos imediatos. No plano judicial, o também elemento da claque do FC Porto "Super Dragões" foi presente a um juiz, esta segunda-feira, tendo sido posteriormente libertado e ficado com a medida de coacção mínima: termo de identidade e residência.
Quanto ao árbitro José Rodrigues, foi de pronto assistido numa unidade hospitalar, logo após a suspensão do desafio entre Rio Tinto e Canelas, que durou apenas dois minutos. A princípio, previa-se a necessidade de uma cirurgia mas tal cenário acabou por não ser necessário.