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Seixal

Demolição do lote 8 do Bairro da Jamaica avança no início da próxima semana

02 fev, 2024 - 14:29 • João Carlos Malta

A decisão foi comunicada, na manhã desta sexta-feira, oralmente aos moradores. Mais de 20 famílias vão ser realojadas depois de uma providência cautelar ter posto em suspenso o processo desde outubro do ano passado. De pé, ficará apenas uma torre do antigo bairro ilegal.

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O Lote 8 do Bairro da Jamaica, no Seixal, vai começar a ser demolido na próxima terça-feira, altura em que as mais de 20 famílias que ali vivem e têm direito a uma nova habitação vão começar a ser realojadas.

A informação foi esta sexta-feira comunicada oralmente aos moradores daquele prédio, para que pudessem preparar-se para a mudança.

Com esta ação, vem abaixo uma das duas últimas torres que permaneciam de pé no Bairro da Jamaica, e que desde outubro tinham sido alvo de uma providência cautelar.

A advogada das cinco famílias excluídas do realojamento do Lote 8, Marina Caboclo, confirmou à Renascença que a autarquia comunicou aos moradores que o realojamento avança na próxima semana.

No entanto, em relação às famílias que ficam de fora do processo, Marina Caboclo diz que ainda não há uma solução. "Ainda não têm nenhuma alternativa. Continuam em risco de ficar sem-abrigo", declara à Renascença.

A autarquia, no passado, garantiu à Renascença que ninguém ficará sem teto no final deste processo de realojamento. Às famílias excluídas serão apresentadas outras soluções, como o recurso a arrendamento temporário de quartos.

Do antigo bairro ilegal, restará apenas o Lote 6 sob o qual há também uma providência cautelar a decorrer. Ainda assim, pelo que foi possível apurar, os moradores dessa torre, duas famílias, vão ser realojadas juntamente com os moradores do Lote 8. No entanto, Marina Caboclo garante que em relação a esse prédio "a Câmara continua proibida de executar a demolição".

No final do mês passado, a Câmara do Seixal soube que tinha luz verde para demolir mais um prédio do Bairro da Jamaica, depois de o Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada ter considerado improcedente uma providência cautelar para tentar travar o processo.

Os queixosos alegavam que foram indevidamente excluídos do processo de realojamento que ali decorre desde 2017 e que entrou na reta final.

O processo de realojamento do bairro da Jamaica abrange 241 famílias, num total de cerca de 800 pessoas, num investimento total de 24 milhões de euros.

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