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Observatório de Preços

Azeite aumenta mais de 60%, laranja, cebola e cenoura 40%

13 set, 2023 - 17:27 • João Pedro Quesado , Diogo Camilo (infografia)

Observatório dos Preços, agora lançado, mostra evolução dos preços dos produtos alimentares. O azeite é o "rei" dos aumentos. Comer salada é mais barato do que em setembro de 2022, mas só pode levar alface e tomate.

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O azeite, a laranja, a cebola e a cenoura foram os produtos alimentares que mais viram aumentar os preços ao consumidor no último ano. Por outro lado, comer uma salada apenas de alface e tomate está mais barato.

Os dados são do Observatório de Preços, lançado esta quarta-feira pelo Governo, mais de um ano após o anúncio do Ministério da Agricultura e da Alimentação. O Observatório foi criado com o objetivo de fazer uma “monitorização eficaz” dos custos e preços ao longo da cadeia de abastecimento agroalimentar.

O azeite é o produto com o aumento de preço mais agressivo desde setembro de 2022, principalmente na variedade virgem. A subida de 2,42€ por litro equivale a um aumento de 64%, que é ligeiramente menor (48%) azeite virgem extra.

A laranja, a cebola e a cenoura registam aumentos acima de 40%, e são seguidos pelo arroz carolino, pela pera, pelo leite meio gordo e pela batata.

O comportamento do preço da batata é o que apresenta maior disparidade entre os preços na produção e ao consumo. Desde setembro de 2022, o preço na produção aumentou mais de 90%, mas o preço nos supermercados aumentou apenas 26%. O mesmo acontece, de forma menos extrema, com a laranja.

Vários legumes têm um outro comportamento: o preço para os consumidores aumenta mais do que o preço na produção, que em alguns casos até está em queda.

Enquanto a cenoura aumentou 14% na produção e 42% para os consumidores no último ano, o custo de produção do tomate caiu 19% ao mesmo tempo que o preço no supermercado subiu 20%.

Outro caso é o do trigo, que teve uma queda de 31% nos preços na produção. Isso levou o preço da esparguete a cair 11% e a farinha de trigo a custar menos 5% do que em setembro de 2022, mas o pão, vendido em bolas e carcaça, custa agora mais 20%.

Os dois tipos de carne analisada – frango e porco - também têm diferenças entre si. Enquanto o custo da carne de frango está em ligeira queda, a carne de porco tem aumentos que chegam aos 20%, no caso da carne picada.

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