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O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) garante que, até ao momento, não tem indícios de tráfico de seres humanos relacionados com o movimento de acolhimento de refugiados ucranianos.

“O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) não detetou quaisquer indícios que permitam inferir a prática de atividades ilícitas relacionadas com os crimes de tráfico de pessoas ou de auxílio à imigração ilegal por parte das empresas que têm estado a apoiar cidadãos ucranianos”, diz o SEF, em resposta à Renascença.

A mesma nota adianta que “as investigações já realizadas pelo SEF permitiram verificar ainda que todos os cidadãos ucranianos já chegados a Portugal estão em locais de acolhimento e devidamente registados na plataforma sefforukraine.sef.pt”.

A Renascença também questionou o Ministério Público (MP) sobre este tipo de suspeitas, mas até agora – mais de 24 horas depois – ainda sem resposta.

O presidente do sindicato dos investigadores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras alertou para a provável ocorrência de situações tráfico de seres humanos.

Também a presidente da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, Rosário Farmhouse, em entrevista à Renascença e ao jornal “Público”, revelou ter tido conhecimento de famílias que foram burladas por quem diz que vai buscar órfãos à Ucrânia.

Até quarta-feira, o SEF já tinha concedido mais de 20 mil pedidos de proteção temporária a pessoas que fugiram da guerra da Ucrânia.

A guerra na Ucrânia começou no dia 24 de fevereiro. Segundo as Nações Unidas, há já mais de três milhões e meio de refugiados e há milhões de ucranianos que, embora sem terem saído do país, abandonaram as suas casas.

[notícia atualizada]