A remoção de escombros em São Vicente na Madeira continua esta segunda-feira após o temporal do dia de Natal. À Renascença o presidente da câmara local, José António Garcês, diz que o estado do tempo melhorou bastante o que tem ajudado os trabalhos.

“Tem chovido menos, aliás praticamente não choveu, o bom tempo voltou, o que facilitou muito o trabalho da remoção dos escombros: as pedras, lama, troncos”, descreve.

O autarca explica ainda que ontem e anteontem “foi mais complicado porque foi necessário criar o corredor de acesso para sítios que estavam isolados ao acesso automóvel”, mas que “isso já foi conseguido tudo ontem e as coisas estão relativamente mais calmas”.

Há 27 pessoas que foram retiradas de casa por precaução e foram recolocadas em unidades hoteleiras ou em casa de familiares.

“Houve pessoas que saíram das suas casas por precaução, por segurança. Foram para casa de familiares e amigos, 20 em Ponta Delgada, sete na freguesia de Boaventura. Desses 27, cinco estão alojados em unidades hoteleiras, e logo que seja reposta a normalidade vão voltar às suas casas”, indica o presidente da Câmara, que realça ainda a exceção “de uma família que tem a sua casa quase toda destruída”.

“Esta família que ficou com a casa completamente destruída fica em casa de familiares até ser encontrada uma solução por parte da autarquia”, analisa.

A Capitania do Porto do Funchal prolongou até às 6h00 de terça-feira o aviso de agitação marítima forte para o arquipélago da Madeira, na sequência das previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Segundo a informação difundida esta segunda-feira pela Autoridade Marítima, o vento será de nordeste moderado a fresco, tornando-se quadrante norte bonançoso a moderado durante a tarde, e a visibilidade será boa a moderada e por vezes fraca.

A ondulação na costa norte será de 1,5 a 2,5 metros norte/nordeste, aumentando gradualmente para 3,5 a 4,5 metros norte a partir do meio da tarde, e na costa sul do quadrante sul de um a dois metros.

A capitania recomenda assim aos proprietários ou armadores das embarcações para tomarem as devidas precauções para que as mesmas permaneçam nos portos de abrigo.