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Relógios e pulseiras inteligentes. Podemos confiar nos dados de saúde que recolhem?
Pixel Watch 2, da Google, é um dos mais recentes aparelhos chegados ao mercado português. Foto: Cristina Nascimento/RR

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Relógios e pulseiras inteligentes. Podemos confiar nos dados de saúde que recolhem?

14 dez, 2023 • Cristina Nascimento , André Peralta (sonorização)


Chegou recentemente a Portugal o Pixel Watch 2 da Google que se juntou assim aos Apple Watch, às smartbands da Xiaomi e muitas outras ofertas do mercado. Há aparelhos que promete fazer eletrocardiogramas, vigiam batimentos cardíacos e analisam ciclos de sono.

Há para todos os gostos e todas as carteiras. Relógios inteligentes e pulseiras que tomaram lugar nos pulsos das pessoas e que controlam, por exemplo, quantas vezes por minuto bate o coração, quantos passos damos, quantas calorias gastamos ou analisam os ciclos de sono.

A Portugal chegou recentemente o Pixel Watch 2, da Google, há também os Apple Watch. Em ambos os casos são aparelhos que custam centenas de euros e que têm ligação direta aos telemóveis, permitindo, entre outras muitas funções, fazer até pagamentos. Depois há também os relógios da Xiaomi ou de lojas de desporto, mais simples, que custam algumas dezenas de euros

Os fabricantes destes aparelhos avisam que nada substitui a vigilância médica. Questionámos a Sociedade Portuguesa de Cardiologia sobre a qualidade dos dados recolhidos.

Segundo o coordenador do Grupo de Estudos de Saúde, sobretudo os topo de gama, já conseguem controlar com bastante fiabilidade os batimentos cardíacos e que até o eletrocardiograma, embora bastante mais limitado, permite recolher alguns indícios válidos. Já sobre as calorias gastas e a monitorização da atividade física, além de ser bastante acertada, segundo este especialista, há evidências que têm a vantagem de estimular os utilizadores a terem um estilo de vida mais saudável.

Este especialista considera que este tipo de aparelhos pode ser visto como um auxílio, mas que é preciso levar em linha de conta também o perfil de quem usa, pois vigilância em excesso pode também ter implicações na saúde mental.

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