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Vasco Lourenço: "PGR já se devia ter demitido"

07 fev, 2024 - 21:40 • Alexandre Abrantes Neves , com redação

Presidente da Associação 25 de Abril considera que a atuação do Ministério Público tem sido "muito questionável", nomeadamente na Operação Influencer, que resultou na demissão do primeiro-ministro.

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Vasco Lourenço: "PGR já se devia ter demitido"

O presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, alerta para a judicialização da democracia e defende que a procuradora-geral da República, Lucília Gago, já devia ter apresentado a demissão.

O capitão de Abril critica a atuação do Ministério Público (MP), nomeadamente na Operação Influencer, que resultou na demissão do primeiro-ministro, António Costa, após saber que estava a ser investigado.

“[A atuação do MP tem sido] Muito questionável. Pergunto: quando o primeiro-ministro é ‘forçado’ a demitir-se e ainda não está constituído arguido numa altura destas, qual é papel de quem o forçou a demitir-se? Já se devia ter demitido a procuradora-geral da República”, defendeu Vasco Lourenço, no Teatro Thalia, em Lisboa, à margem da apresentação do programa das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril para 2024.

O presidente da Associação 25 de Abril considera que há "muita gente a brincar com a democracia" e alerta que as fugas de informação no sistema de Justiça promovem julgamentos na praça pública e não são próprias de um Estado democrático.

"Não se brinca com a democracia e, na minha opinião, tem andado muita gente a brincar com a democracia. Há fugas de informação para a comunicação para fazer os julgamentos na praça pública, quando se vai prender alguém alguma comunicação social chega lá primeiro. Isto não é próprio de um Estado democrático. Há que encarar estes problemas e não ir atrás do grande ruído que é feito com essas situações”, sublinhou.

Na contagem decrescente para os 50 anos da "Revolução dos Cravos", que acabou com a ditadura em Portugal, Vasco Lourenço apela ao voto nas próximas legislativas e alerta os portugueses para os perigos do populismo.

“Eu não compreendo a abstenção nas eleições, porque isso é deixar os outros escolher por nós. Temos que ser capazes de encontrar melhores soluções e não nos deixar enganar por frases oportunistas e populistas de quem já provocou que, se estiver no poder, faz muito pior do que aqueles que critica”, remata o capitão de Abril.

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