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Atentado em Moscovo. Putin acusa Ucrânia de envolvimento

23 mar, 2024 - 13:47

Os números oficiais indicam 143 mortos. Há quatro atacantes detidos.

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O Pressidente da Rússi,a Vladimir Putin, acusa a Ucrânia de estar envolvida no atentado de sexta-feira à noite, um ataque a uma sala de concertos, em Moscovo, que já provocou 143 mortos.

O presidente da Federação Russa falou ao país ao início da tarde deste sábado, anunciando que há quatro atacantes detidos, suspeitos de quererem fugir para a Ucrânia. Putin acusa Kiev de estar a postos para deixar entrar os atacantes pela fronteira.

Na comunicação ao país, Putin disse que este se tratou de um golpe contra a Rússia e prometeu castigo para os atacantes.

Após o ataque, o mais mortal na Rússia em 20 anos, surgiram informações de que Moscovo procurava uma ligação com a Ucrânia, apesar de uma declaração do conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, de que Kiev não tinha nada a ver com o caso.

O serviço de segurança FSB disse que "todos os quatro terroristas" foram presos enquanto se dirigiam para a fronteira com a Ucrânia e que tinham contactos na Ucrânia. Dizia que eles estavam sendo transferidos para Moscovo.

"Agora sabemos em que país esses malditos bastardos planejavam se esconder da perseguição: a Ucrânia", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, no Telegram.

Antes desta comunicação ao país, o Presidente tinha desejado a rápida recuperação das vítimas do ataque. "O Presidente desejou a todos uma rápida recuperação e agradeceu aos médicos", dissea vice-primeira-ministra russa, Tatyana Golikova.

Muitos hospitalizados

De acordo com o Ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, há mais de centena de pessoas hospitalizadas, incluindo cinco crianças. Entre os feridos, sessenta adultos e um menor encontram-se em estado grave.

O atentado, que os meios de comunicação social russos começaram a noticiar por volta das 20h15 de Moscovo (17h15 em Portugal), foi levado a cabo por vários indivíduos armados na Crocus City Hall, uma sala de espetáculos situada em Krasnogorsk, nos arredores da capital russa, informou a AFP.

Jornalistas da agência de notícias viram o edifício mergulhado em chamas, nuvens de fumo negro a sair do telhado e uma enorme presença policial e dos serviços de emergência.

De acordo com a televisão russa, o telhado do edifício colapsou parcialmente. Não foi dada qualquer informação sobre o número de pessoas presas no interior da estrutura.

"Pouco antes de começar, ouvimos de repente várias rajadas de metralhadora e um grito terrível de mulher. Depois, muitos gritos", disse à AFP Alexei, um produtor musical que estava no camarim no momento do ataque.

De acordo com um jornalista da agência de notícias estatal Ria Novosti, pessoas camufladas invadiram a sala de espetáculos antes de abrirem fogo e lançarem "uma granada ou uma bomba incendiária".

Os serviços de emergência afirmaram que as chamas se espalharam pelos quase 13 mil metros quadrados do edifício, antes de o fogo ser contido..

MNE deixa recomendações

As autoridades portuguesas, através do portal das comunidades, atualizou a informação sobre os cuidados que os cidadãos nacionais devem ter na Federação Russa.

Numa nota emitida este sábado, aconselha-se aos cidadãos portugueses que evitem a zona da sala de concertos onde ocorreu o ataque e a seguirem as instruções das autoridades locais.

O Ministério dos Negócios estrangeiros adianta que a Embaixada de Portugal na Rússia está a acompanhar a situação e, em caso de necessidade, os cidadãos nacionais poderão entrar em contacto com a embaixada .

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