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Reportagem Renascença

Descida ao inferno da violência contra os árbitros do futebol distrital

21 jun, 2023 - 07:00 • Eduardo Soares da Silva , João Carlos Malta

Em média, nas últimas cinco épocas, houve quase uma agressão por mês a árbitros. São mais de 40 desde a temporada 2018/2019. Já quanto a insultos, ameaças e coação, no mesmo período, 650 casos foram reportados às autoridades. Árbitros jovens são as principais vítimas e o futebol amador o palco mais comum dos ataques aos juízes de futebol.

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O jogo correu bem, sem incidentes. Até foi atípico. No final, os dois treinadores deram-lhe os parabéns. Não é normal. Mas tal como numa partida de futebol, em que tudo pode mudar num segundo, João Costa, árbitro das camadas jovens da Associação de Futebol de Coimbra, estava longe de imaginar que, de repente, aquela se tornaria na pior tarde da sua curta carreira. Um verdadeiro pesadelo.

Já passaram alguns meses, mas para o jovem de 21 anos o que aconteceu permanece cravado na memória. “Estou a voltar atrás na minha mente e lembro-me de ter dado por terminado o jogo, tranquilo, tarefa cumprida. Cumprimentámo-nos todos, estou a ir para o balneário, a descer a escadaria, e começa um individuo a insultar-me. Tento perceber quem é, mas não consigo”, começa por relembrar à Renascença.

Pouco depois, vê uma pedra na mão desse adepto e num ápice é atingido. “Acertou-me na vista esquerda”, conta.

João Costa, árbitro agredido à pedrada em fevereiro deste ano.
João Costa, árbitro agredido à pedrada em fevereiro deste ano.

Seguiu-se uma grande confusão. João ainda tentou identificar o agressor, mas não conseguiu. Mal refeito do susto, não teve tempo para se recompor. Começaram a chover ovos na direção dele e dos auxiliares.

“Foi estranho, muito estranho. Como é que é possível?”, questiona-se, ainda incrédulo passados todos estes meses.

Um árbitro agredido a cada fim-de-semana

O caso deste jovem agredido num jogo entre o União 1919 B-Eirense, da Série A da 1.ª Divisão sénior masculina da Associação de Futebol de Coimbra, está longe de ser único.

Em média, nas últimas cinco épocas, segundo os dados fornecidos pela PSP e pela GNR à Renascença, há quase uma agressão a árbitros por jornada. No total, foram mais de 40 desde a temporada 2018/2019.

Apesar de esta ser a média, há “fins-de-semana negros” como aquele que, em dezembro passado, contabilizou sete juízes agredidos.

“Os tristes, frustrados, imbecis, ignorantes, cobardes, fracos, parvos, infelizes e selvagens saíram à rua, ou melhor, foram ao futebol e futsal distrital”, reagiu na altura o presidente Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Luciano Gonçalves.

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"Eu quis ser um exemplo para os mais jovens, para os que estão a tirar o curso, para não desistirem por atos destes. Para os encararem da melhor forma. Um árbitro não pode desistir por uma questão destas", João Costa, árbitro agredido.

Se olharmos para os números dos crimes de insulto, ameaça e coação, vemos que estes cresceram exponencialmente. Houve mais de 650 casos reportados à GNR e à PSP nas últimas cinco épocas, ou seja, há uma média de 13 situações por mês, três a cada jornada.

Os números deste período são claramente influenciados pelas duas temporadas afetadas pela pandemia, em que os valores foram comparativamente baixos.

João Costa não quis deixar passar o caso em claro e apresentou queixa, o que nem sempre acontece entre os árbitros afetados. “Quis ser um exemplo para os jovens, aqueles que estão a tirar agora o curso, para não desistirem por atos destes, e encararem-nos”, explica. “Não podemos desistir por situações destas.”

Muitos fazem o curso, poucos ficam

Não se pode desistir, mas nem sempre é isso que acontece, explica Luciano Gonçalves. A falta de segurança nos campos dos campeonatos distritais ou das competições das camadas jovens é um fator decisivo para a baixa retenção de novos árbitros nos cursos que as associações abrem todos os anos.

Por motivos financeiros, as queixas dos clubes levaram a que o policiamento nestes recintos, nos últimos dez anos, deixasse de ser obrigatório. Os clubes visitados passaram apenas a ter um ponto de contacto com as forças de segurança e dois auxiliares presentes.

O que os faz abandonar nos primeiros jogos é a questão da segurança, ou seja, sentirem-se desprotegidos. Nós temos muitos árbitros jovens que chegam aos primeiros jogos e depois não aguentam a pressão de estarem sozinhos num campo onde começam a fazer futebol de sete com miúdos dos 8, 9, 10 e 11 anos”, afirma.

Potencialmente poderiam ser jogos mais calmos, mas a maior parte das vezes acontece o contrário.

“Há pais que pensam que têm ali um novo Cristiano ou Messi, que lhes vai resolver a vida. E por isso, põem uma pressão nos miúdos e nos árbitros, que são pouco mais velhos [do que os atletas]”, descreve.

O ambiente é frequentemente tenso e crispado nestes campos. O mesmo responsável lembra-se quando, em 2012, caiu a obrigatoriedade de policiamento nos jogos não profissionais, e passou a ouvir à boca cheia frases como: “Agora é que vão ver como é que elas mordem. Agora já não têm os gajos para vos proteger.

À falta de segurança, para quem começa a apitar soma-se ainda a pouca atratividade financeira da atividade, e os seis ou sete jogos que cada um destes juízes adolescentes tem de fazer todos os fins-de-semana.

Tudo junto faz com que, segundo Luciano Gonçalves, dos 1.000 árbitros que entram anualmente nos cursos de formação, 20 a 30% desistam nos primeiros seis meses “e no final da época mais 20 a 30%”.

No início da época seguinte, só sobram 15 a 20%” dos recém-formados, adianta.

Carreira termina em 45 minutos

Francisco Afonso, de 19 anos, conhece bem esta realidade. É considerado pela APAF e por outros organismos ligados ao futebol como uma das grandes promessas do setor. O sonho põe-no bem alto: chegar à Liga dos Campeões e a Campeonatos do Mundo. Mas enquanto não sobe ao Éden da arbitragem, Francisco tem de se confrontar com problemas bem mais terrenos.

Francisco Afonso: "Daqui a 10 ou 15 anos podemos não ter árbitros"
Francisco Afonso: "Daqui a 10 ou 15 anos podemos não ter árbitros"

Até agora nunca foi “apertado a sério”, apenas algumas “bocas da bancada” e garante que já vai ganhando “calo”. Mas nem sempre foi assim.

“Na fase inicial da minha carreira, senti algumas vezes receio de continuar. Tive realmente de pensar e falar com as pessoas que me são mais próximas sobre se devia continuar. Há jogos em que nos apetece desistir.

O jovem diz que conta com o apoio inabalável da família, mas sabe que nem todos fazem como ele, que decidiu continuar apesar do medo. Por causa da violência, teme que se perca muito talento e que juízes que podiam ter chegado à 1ª Liga abandonem a área precocemente.

“Com tantos insultos, podemos estar a pôr em risco o futuro da arbitragem portuguesa”, vaticina, lembrando a história de uma jovem colega na Guarda, que “começou e acabou a carreira passados 45 minutos”.

“Uma estagiária que foi indicada para acompanhar uma candidata ao curso de árbitros não aguentou a pressão psicológica. Quis ficar no balneário no início da segunda parte. Não voltou, não voltou nunca mais, nem ao jogo, nem à arbitragem.

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"Neste momento no sub-13 há comportamentos dos pais que não se entendem (....) insultar os próprios filhos", Francisco Afonso, jovem árbitro.

Francisco diz que só conhece este caso, mas o ambiente que encontra nos estádios leva a não ter dúvidas de que se repete mais vezes.

50 impedidos de entrar em recintos desportivos

Os telemóveis e as redes sociais trouxeram imediatismo a tudo o que acontece e, claro, o futebol não foge a regra.

Rodrigo Cavaleiro, presidente da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD), afiança que há agora uma maior participação de casos em consequência da “maior mediatização e maior exposição”.

“Atualmente, qualquer pessoa com um telemóvel no bolso capta imagens de agressões, quando antes isso era menos provável. Por outro lado, temos mais reporte também de situações por parte das entidades. Estão mais despertas para a nossa atividade”, revela Cavaleiro.

A APCVD tem como missão a instrução e decisão dos processos contraordenacionais relacionados com a violência no desporto, sendo que os casos em que há suspeita de crime são encaminhados para o Ministério Público.

Face ao número de incidentes e à evolução do fenómeno nos últimos anos, desde que a APCVD foi criada em 2018, Rodrigo Cavaleiro garante que “não há motivos para alarme”. Contudo, a verdade é que já houve “cerca 50 pessoas que foram impedidas de aceder a recintos desportivos só por incidentes relacionados com arbitragem”, admite.

Estes números estão dentro do universo de 700 adeptos impedidos de entrar em recintos desportivos por questões relacionados com a violência desde que a Autoridade foi criada há quase seis anos.

A ideia de que o combate a este fenómeno se faz com o endurecer das penas aplicadas está longe de ser unânime.

Rodrigo Cavaleiro afirma que tem havido uma tendência na última década e meia para “sempre que há uma alteração legislativa as penas aumentarem”. Concorda que pode passar uma mensagem forte e ter como consequência as pessoas retraírem-se na prática das infrações, no entanto, considera que esse pode não ser o fator o mais importante para reduzir o número de casos.

Na opinião do líder da APCVD, haveria maior ganho se houvesse uma aplicação efetiva das penas existentes. “Não vemos com maus olhos que a moldura penal possa subir, mas depende também da aplicação efetiva que o decisor faz.”

O responsável explica melhor como pode, por vezes, ser contraproducente aumentar penas e coimas. Uma das consequências é o aumento da litigância e ida para tribunal. “Os recursos aumentam à medida que as sanções são maiores”, alerta.

Por isso, Cavaleiro acredita que a aplicação de um “processo sumaríssimo”, quando ele chega 10 dias depois dos factos, pode reduzir a coima, mas aumentar o alcance da sanção.

“Tem um impacto brutal. Por exemplo, o adepto que não cumpriu com esse dever de moderação, correção, e respeito, tem de pagar a coima no prazo de uma semana. Quando falamos de desporto amador, quando falamos de futebol de formação e de meios mais pequenos − onde a mensagem passa até nas próprias coletividades entre adeptos que se conhecem − pagar 200 euros logo a seguir pode ter mais impacto do que pagar 1.000 euros meses depois, quando já ninguém se lembra.”

Agredir duas vezes, publicar no Instagram e um ano de castigo

Luciano Gonçalves, presidente da APAF, divide a resposta à questão do endurecimento das penas em duas partes. Emotivamente, diz que quem comete uma ação contra um árbitro não deveria poder voltar a um campo de futebol. No entanto, tem consciência de que isso seria muito difícil de aplicar.

“Quem agride uma vez, até pode ser uma situação pontual, mas a probabilidade de voltar a acontecer em circunstâncias idênticas é muito elevada”, sublinha.

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"Assim que deixamos cair o policiamento obrigatório era comum irmos a um campo e ouvir: 'Agora é que vão ver como elas mordem, agora não tem cá os gajos para vos proteger'", Luciano Gonçalves, presidente da APAF.

Face a isto, defende “mão pesada” e pede a aplicação de penas “dissuasoras”.

“Não podemos ter um jogador que agride um árbitro a apanhar seis meses de castigo. Ou mesmo que com esse ato cobarde apanhe um ano de castigo, sendo que a sanção apanha dois ou três meses de férias ou de pré-época, não faz qualquer sentido, é surreal”, qualifica.

Luciano pensa que tem de haver coragem política por parte dos conselhos de arbitragem e dos clubes e acusa-os de não quererem regulamentos mais punitivos. É este estado de coisas, diz, que permite casos como o de Fabiano Soares, o jogador do Bairro de São Roque Lameira. Em janeiro deste ano, agrediu por duas vezes o árbitro Diogo Mota, no jogo frente ao Junqueira, a contar para a 1.ª Divisão de futsal da AF Porto.

No final, publicou uma 'story' no seu Instagram com o segundo momento da agressão e ainda escreveu: "Dois golos e irradiado do futebol. Acabo assim a carreira."

O árbitro foi transportado ao hospital.

“Um jogador que agride e partilha nas redes sociais como se fosse o artista lá do sítio, como se fosse o maior, e o Conselho Disciplina ainda olha para ele de forma a dar uma segunda ou uma terceira chance para continuar? Não faz qualquer sentido. Já tinha antecedentes, estamos a falar, neste caso em concreto, de um jogador que exibe essas imagens nas redes sociais e depois a seguir apanha um castigo que é apenas irrisório. É uma afronta, é uma afronta aos árbitros”, sublinha.

O castigo aplicado foi de um ano de suspensão.

Luciano Gonçalves: "Ninguém gosta de chegar a casa e dizer que foi agredido"
Luciano Gonçalves: "Ninguém gosta de chegar a casa e dizer que foi agredido"

O ainda jovem árbitro Francisco Afonso, natural de Foz Côa, olha para esta realidade com indignação e classifica-a como um desrespeito para com o árbitro de futebol.

Com a experiência de quem já leva muitos e muitos jogos nas camadas jovens, lamenta que pais e adeptos “não transmitam aos jogadores e aos filhos o respeito que deveria existir, porque o futebol daqui a 10 anos será feito por eles”.

“Eles vão ser as próximas estrelas e se eles não forem formados com valores, com respeito, dificilmente no futuro haverá um futebol respeitado”, resume.

Francisco relata que há jogos de sub-9 e de sub-13 em que os pais insultam os filhos. “Há colegas que me contaram histórias que fiquei sem sequer conseguir acreditar.”

Denúncias vão aumentar

O líder da APAF acrescenta que isto só é possível porque, em Portugal, as pessoas não gostam verdadeiramente de futebol, amam apenas o clube do coração. O árbitro não é visto como fazendo parte do jogo, mas como um elemento externo.

“O público, de uma forma geral, olha para o árbitro como alguém que não é isento, que está corrompido por uma das equipas e que, quando vai a apitar o jogo, fá-lo de forma premeditada. E isso justifica todo o tipo de ódios e de comportamentos.

Ainda assim, Rodrigo Cavaleiro perspetiva o futuro com otimismo, apesar de até aguardar um aumento do número de casos reportados de violência. Será, diz, a consequência natural de uma maior “sensibilização dos outros agentes envolvidos à medida que a nossa radiografia da realidade aumenta de qualidade e é mais aproximada aos dados reais”.

E acrescenta que “quanto mais mapeamos aquilo que acontece, menos são as cifras negras [casos não reportados]” e “maiores são os números”. Em suma, o crescimento estatístico pode não ser sinónimo de um aumento da violência, apenas de um conhecimento mais abrangente da realidade.

O silêncio das vítimas

Apesar deste contexto e de todos os fim-de-semana, de norte a sul, haver árbitros vítimas das mais diferentes formas de violência, encontrar árbitros disponíveis para falar sobre o tema é muito complicado. As restrições começam na cúpula, com o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol a proibir os juízes de darem entrevistas sobre esta questão.

A Renascença chegou à fala com vários árbitros que queriam relatar os casos em que estiveram envolvidos, mas que foram impedidos de o fazer.

Um meio masculino, de virilidade, com necessidade de afirmação da autoridade ajuda a explicar também algum do receio em falar. Apesar de não concordar com esta atitude, Luciano Gonçalves diz compreender “que os árbitros tenham alguma dificuldade em falar sobre estas situações”.

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"Tem aumentado a litigância à medida que aumentam as sanções porque doem mais. Mas o maior impacto é da rapidez de aplicação das sanções", Rodrigo Cavaleiro, Presidente da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD).

Temos muitas dificuldades em falar do tema”, explica o líder associativo, para quem que muitos árbitros ficam a pensar: “O que fiz de mal para me agredirem?”. E garante que tem de fazer um trabalho com estes jovens juízes para lhes fazer ver que são eles as vítimas.

O presidente da APAF explica ainda que ninguém gosta de assumir que foi agredido, até porque acham que lhes vai “retirar autoridade”.

No entanto, o silêncio não impede que estas situações aconteçam. Semana após semana.

Ainda em maio, ocorreu novamente na 1.ª divisão de juniores da AF Braga, quando um jogador da equipa visitante agrediu o árbitro, o que desencadeou uma brutal cena de pancadaria entre adeptos e jogadores de ambas as equipas. O juiz da partida teve de ser hospitalizado. Tudo num jogo descrito como “perfeitamente normal”.

As marcas destes episódios podem ser tão profundas que se entranham na vida das vítimas. Luciano Gonçalves recorda um caso que não esquece, com uma pergunta que ainda ecoa na sua cabeça. “Presidente, como é que agora vou chegar a casa e dizer ao meu filho que me bateram?

Este árbitro andava a lutar para subir aos campeonatos nacionais, “estava focadíssimo na carreira de arbitragem”. Pelo meio nasceu o filho e, nos dois primeiros anos, teve “poucos fins de semana, muito poucos, em que conseguiu estar em casa com a família”.

Trabalhava e treinava quatro vezes por semana -- uma vida dedicada àquela atividade em que estava a apostar -- para depois ser agredido. Isso gerou-lhe uma confusão imensa. A vontade de sair foi enorme, mas as dúvidas também. “Como é que agora vou dizer ‘Olhem, desisti da arbitragem ou vou-me embora da arbitragem porque fui agredido?”.

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"As pessoas têm vergonha de dizerem que foram agredidas e escondem", Luciano Gonçalves, presidente da APAF.

As sequelas de uma agressão são bem conhecidas pelo jovem João Costa, que em janeiro deste ano foi atingido à pedrada em Coimbra.

“Os primeiros dias foram muito complicados. Tive pesadelos durante a noite”, recorda. A ideia de como as pessoas iam olhar para ele era assustadora. “O jogo até me podia correr muito bem, mas ainda assim imaginavam as pessoas a dizer: ‘Olha é aquele árbitro, aquele que foi agredido’.”

Rodrigo Cavaleiro: "Competições profissionais têm maior responsabilidade"
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Ou pior: “Pensava que podia ouvir aqueles comentários do ‘Ainda devia ter levado mais’.” Mas o medo que sentia não foi maior do que o “bichinho” de continuar. “Sentia falta da arbitragem, daquela adrenalina.”

João conseguiu dar a volta e continua a apitar, mas lembra que há muitos que não o conseguem. “Ficam com medo e pensam qual a razão para continuar e serem humilhados”, lamenta.

“Quero dar-lhes força para que olhem para mim e não desistam. Espero que estas situações bárbaras terminem.

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