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Casas de abrigo para mulheres idosas vítimas de violência doméstica inauguradas esta segunda-feira

18 mar, 2024 - 14:17 • Lusa

As duas estruturas residenciais têm, no total, 80 vagas, estando uma no distrito de Setúbal e a outra no distrito de Viseu.

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A Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica (RNAVVD) tem duas novas estruturas residenciais destinadas a mulheres idosas, uma promessa governativa inaugurada hoje e que contempla 80 vagas.
Em comunicado, o gabinete da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, dá conta de que se trata de um "reforço da resposta e apoio às mulheres idosas, frequentemente menos visíveis no sistema de prevenção e proteção de vítimas de violência doméstica".
As duas estruturas residenciais têm, no total, 80 vagas, estando uma no distrito de Setúbal e a outra no distrito de Viseu.
"Trata-se de uma iniciativa - prometida pela tutela - que resulta de uma colaboração entre diversas áreas do Governo, (...) com o propósito de criar a resposta e o apoio às mulheres idosas, frequentemente menos visíveis no sistema de prevenção e proteção de vítimas de violência doméstica", lê-se no comunicado.
A iniciativa junta várias áreas do Governo, entre o gabinete dos Assuntos Parlamentares, a tutela da Igualdade e Migrações, e os gabinetes da Coesão Territorial e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, com a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, e a secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues, a inaugurarem hoje estas duas casas de abrigo.
Em declarações à agência Lusa, Ana Catarina Mendes apontou que se trata de "uma resposta inovadora" e salientou que desde janeiro houve já 276 denúncias por violência doméstica contra pessoas acima dos 65 anos, acrescentando que este tem sido um fenómeno em crescimento, para o qual o Governo tentou encontrar uma resposta.
"Não só naquelas respostas de proximidade que existem, mas também uma resposta além da prevenção, uma resposta que possa cuidar destas pessoas e retirar estas pessoas, ainda que temporariamente, do espaço do agressor e tentarmos encontrar novas respostas para estas pessoas", defendeu.
Destacou que no ano passado cerca de 3.400 pessoas com mais de 65 anos apresentaram queixas por violência doméstica.
A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares disse esperar que este seja um processo que "não termine aqui" e que "possam ser abertas mais respostas desta natureza por todo o país".

Estas duas casas de abrigo começam a funcionar em abril e, segundo a ministra, "a estimativa é de que as vagas ficarão preenchidas de imediato".

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