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"Estado de indignação". 20 mil polícias em protesto no Porto

31 jan, 2024 - 21:09 • Pedro Mesquita , com Lusa

Números foram avançados pela organização. Elementos da forças de segurança exigem suplemento com valor idêntico ao da Polícia Judiciária.

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Mais de 20 mil polícias na manifestação do Porto
Mais de 20 mil polícias na manifestação do Porto

Mais de 20 mil polícias participaram esta quinta-feira na manifestação do Porto promovida pela plataforma de sindicatos da PSP e associações da GNR, anunciou a organização na Avenida dos Aliados, afirmando que foi a maior de sempre.

A multidão que ocupou metade da avenida na baixa portuense, arrancou cerca das 18h20 do Comando Metropolitano do Porto da PSP para cumprir um percurso que acabou estendido da Rua 31 de janeiro até aos Aliados, onde foi preciso esperar cerca de meia hora até a coluna acabar de chegar.

A meio da manifestação chegou a informação de que, pela primeira vez em manifestações do género, integravam a coluna oficiais da Guarda, situação confirmada à Lusa pelo presidente da Associação dos Profissionais da Guarda, César Nogueira.

A desmobilização aconteceu depois das 20h00, após a multidão guardar um minuto de silêncio pelos "colegas e camaradas que tombaram no exercício da profissão" e cantarem o hino nacional empunhando a carteiras profissionais.

Os elementos das forças de segurança exigem o pagamento de um suplemento de missão, tal como tem a Polícia Judiciária.

O bispo do Porto, D. Manuel Linda, coloca-se ao lado dos policiais e dos militares da GNR, que se manifestam esta quinta-feira no Porto.

Em declarações à Renascença, D. Manuel Linda defende que as forças de segurança têm direito à dignificação das carreiras e, por isso, juntou-se ao protesto como gesto de solidariedade.

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP-PSP), Paulo Santos, afirma que a manifestação desta quarta-feira é elucidativa do estado de alma dos agentes.

“Penso que é evidente que aquilo que aconteceu em Lisboa e hoje está a acontecer no Porto é elucidativo do estado de alma dos polícias. Era importante o Governo não descurar este alerta, porque começa a ser difícil para as estruturas que organizam, os sindicatos e as associações, controlar um estado de indignação tão elevado que é percetível aos olhos de qualquer um”, afirma Paula Santos, à Renascença.

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