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“Noite histórica em Versalhes”. UE aceita integração da Ucrânia

11 mar, 2022 - 05:48 • Carla Caixinha com agências

Foram cinco horas de conversações em Versalhes, França.

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Os 27, reunidos em Versalhes, França, aceitaram apoiar “sem demora” a Ucrânia na integração europeia.

O Presidente da Lituânia escreveu no Twitter que os líderes europeus aceitaram a integração da Ucrânia após cinco horas de conversações.

“Noite histórica em Versalhes. Depois de cinco horas de discussão acesa, os líderes da União Europeia aceitaram a integração da Ucrânia na UE. O processo [de adesão] já começou. Cabe agora aos ucranianos a sua rápida conclusão. A Ucrânia é uma nação heroica que merece saber que é bem-vinda à UE”, escreveu Gitanas Nausėda.

O Conselho Europeu informou, em comunicado, que “reconhece as aspirações europeias” da Ucrânia e que irá, “sem atraso”, fortalecer os nossos laços e aprofundar a nossa parceria para apoiar a Ucrânia no seu caminho europeu”.

Garantiu ainda que “não vai deixar o povo ucraniano sozinho” e acrescentou que os Estados-membros vão continuar a prestar apoio político, financeiro, material e humanitário durante a guerra.

Os líderes europeus lembram ainda que já adotaram "sanções significativas" contra a Rússia e que se mantêm dispostos "a avançar rapidamente com mais sanções" e apela à responsabilização do regime de Moscovo pelos “crimes” cometidos em solo ucraniano, conforme consta da nota divulgada.

Já o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, destacou: "Sem demora, reforçaremos ainda mais os nossos laços e aprofundaremos a nossa parceria para apoiar a Ucrânia na prossecução do caminho europeu".

Os chefes de Estado e de Governo da UE iniciaram na quinta-feira uma cimeira de dois dias originalmente consagrada à economia, mas que se focará agora na defesa e energia, por força da ofensiva russa na Ucrânia.

A UE deve deixar de recorrer a combustíveis russos até 2027. A estimativa é da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que reconhece que o grau de dependência face ao país exportador ainda é muito elevado.

A 28 de fevereiro, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou o pedido formal para a entrada do país na União Europeia (UE). “É um momento histórico”.

Comentários
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  • Joao Oliveira
    11 mar, 2022 Edimburgo 11:22
    Há demasiado sensacionalismo nesta notícia. A Ucrânia pode começar o processo de adesão, mas não se pense que o pais irá entrar em breve. Estes processos levam anos, e e preciso que o pais adote vários critérios. Dado os crónicos problemas económicos e de corrupção daquele país, mesmo em tempos de paz, seria dos processos mais difíceis. Imagine-se agora em guerra, com um processo de reconstrução a caminho, e com as fronteiras instáveis. Isto e simbólico, acarreta pouco sentido prático.
  • Carlos Oliveira
    11 mar, 2022 Lagos 08:29
    Além de apoiar a Ucrânia e sansionar a Rússia, toda a nação europeia deve apoiar e incentivar o comércio, indústria e agricultura europeia. Temos o dever moral de também sansionar a China no seu comércio pelo jogo duplo que costuma fazer no xadrez mundial, e no enfraquecimento da indústria e comércio na Europa.

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