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Psicólogos preocupados com potencial viciante das redes sociais, mas não recomendam proibição

23 jan, 2024 - 12:25 • Ana Fernandes Silva , João Malheiro

Ana Isabel Lage Ferreira recomenda que se evite proibir o uso de desdes sociais, mas sim encontrar hábitos substitutos.

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A Ordem dos Psicólogos reage com preocupação aos resultados do estudo "Scroll, Logo existo" que indicam que as redes sociais têm mecanismos de viciação semelhantes ao álcool e a outras drogas psicoativas.

À Renascença, Ana Isabel Lage Ferreira, da direção da Ordem, refere que serem utilizadas inconscientemente como forma de escape, como indica o estudo, "não é uma boa estratégia".

"Não implica uma autoregulação confiante. Se eu estou com algum momento de maior ansiedade, se uso uma estratégia que identifico como escape, não é boa do ponto de vista emocional e psicológico", explica.

Os estudantes e os desempregados são os principais grupos de risco a estes estimulos, mas a especialista recomenda que se evite proibir o uso de desdes sociais, mas sim encontrar hábitos substitutos.

Ana Isabe Lage Ferreira diz que "é mais fácil colocar a lógica de acrescentar alguma coisa, de crescer e aprender, do que criar restrição".

"A restrição é muito mais difícil de gerir e autoregular. Faz sentido considerar, até nas escolas, que estratégias possam ser usadas de forma construtiva e organizada", defende.

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