A+ / A-

Egipto vai rever toda a ajuda internacional que recebe

18 ago, 2013 - 13:44

Há quatro dias que o país vive sob o signo da violência. União Europeia anunciou hoje que vai rever as suas relações com o Egipto. Mantém-se o recolher obrigatório nocturno.

A+ / A-
O Egipto vai analisar a ajuda internacional que recebe, de modo a perceber se é utilizada de modo "positivo", anunciou este domingo o ministro das Relações Exteriores, Nabil Fahmi.

"As ajudas estrangeiras não implicam uma intervenção nos nossos assuntos", adiantou aos jornalistas, em conferência de imprensa.

Nabil Fahmi explicou ainda que o que acontece no país "é muito mais importante do que pensar agora na ajuda externa", pelo que rejeitou a atitude de alguns países que ameaçaram retirar ou suspender a sua assistência ao país por causa da crise e da violência.

Ainda hoje, a União Europeia anunciou que vai rever, de modo urgente, as suas relações com o Egipto e que vai tomar medidas para impulsionar o processo democrático e acabar com a violência no país, que considera injustificada.

"A violência e os assassinatos dos últimos dias não podem justificar-se nem tolerar-se. Os direitos humanos devem respeitar-se. Os prisioneiros políticos devem ser libertados", lê-se num comunicado conjunto dos presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, Durão Barroso. 

Esta manhã, os apoiantes do Presidente deposto Mohamed Morsi pediram novos protestos, depois da evacuação de uma mesquita no Cairo.

Centenas de manifestantes encontravam-se dentro do tempo e contestavam o governo interino pela deposição do presidente eleito e pela repressão que, nos últimos quatro dias, causou pelo menos 800 mortos.

O episódio culminou com a tomada da mesquita de assalto pela polícia nacional.

O estado de emergência e o recolher obrigatório nocturno continuam em vigor.
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+