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Resultado das eleições em Taiwan "não representa opinião da maioria"

14 jan, 2024 - 11:33

Num comunicado citado pela imprensa estatal chinesa, Chen acrescentou que o resultado "não alterará a aspiração partilhada dos compatriotas de ambos os lados do Estreito de forjar laços mais estreitos".

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A China alegou, este domingo, que os resultados das presidenciais de sábado em Taiwan, vencidas no sábado por William Lai Ching-te, de um partido tradicionalmente pró-independência, "não representam a opinião da maioria na ilha".

"As eleições não mudarão o quadro básico e a tendência de desenvolvimento das relações através do Estreito" de Taiwan, disse Chen Binhua, porta-voz do gabinete chinês responsável pelas relações com Taipé.

Num comunicado citado pela imprensa estatal chinesa, Chen acrescentou que o resultado "não alterará a aspiração partilhada dos compatriotas de ambos os lados do Estreito de forjar laços mais estreitos".

"Aderimos ao consenso de 1992 que reconhece o princípio de 'uma só China' e opomo-nos firmemente às atividades separatistas que buscam a 'independência de Taiwan', bem como à interferência estrangeira", acrescentou o porta-voz.

O consenso alcançado por Taipé e Pequim em 1992 afirma a unidade da ilha e do continente chinês.

Chen Binhua indicou ainda que a posição da China sobre "resolver a questão de Taiwan e alcançar a reunificação nacional permanece consistente e a nossa determinação é firme como uma rocha".

O dirigente prometeu que Pequim irá trabalhar com "partidos políticos, grupos e pessoas relevantes de vários setores em Taiwan para impulsionar o intercâmbio e a cooperação através do Estreito, o desenvolvimento integrado e a promoção conjunta da cultura chinesa, bem como avançar no desenvolvimento pacífico das relações e na causa da reunificação nacional".

O comunicado surgiu horas depois do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan ter apelado à China para "respeitar os resultados das eleições presidenciais", que "demonstram mais uma vez a maturidade e a estabilidade da política democrática" da ilha.

Num comunicado, a diplomacia de Taipé defendeu que são "também a resposta e demonstração mais claras e firmes do povo taiwanês relativamente à situação no Estreito de Taiwan".

O ministério apelou "às autoridades de Pequim para que respeitem os resultados das eleições, enfrentem a realidade e desistam de reprimir Taiwan".

"Só fazendo isso [é que] as interações positivas através do Estreito poderão regressar ao caminho certo o mais rápido possível", acrescentou o comunicado.

William Lai, que era o candidato favorito de acordo com as sondagens, venceu as eleições presidenciais com 40,05% dos votos, de acordo com resultados finais.

O atual vice-Presidente cessante, de 64 anos, foi descrito por Pequim como um "sério perigo" devido às posições do Partido Democrático Progressista, que afirma que a ilha é de facto independente.

O estatuto de Taiwan é também um dos assuntos mais tensos na rivalidade entre a China e os Estados Unidos, o principal aliado militar do território, e Washington planeia enviar uma "delegação informal" à ilha após a votação.

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