09 ago, 2023 - 19:45 • Inês Braga Sampaio
O primeiro troféu da época 2023/24 sorri ao Benfica. O campeão nacional derrotou o FC Porto, por 2-0, esta quarta-feira, e conquistou a Supertaça Cândido de Oliveira.
Os dragões foram superiores na primeira parte, no entanto, e pese embora as oportunidades mais ou menos claras de Wanderson Galeno (o mais perdulário - falhou o golo aos um, seis, nove e 30 minutos), Mehdi Taremi (13 minutos), Otávio (15) e Danny Namaso Loader (43), não conseguiu desatar o nó.
Após uma breve reação do Benfica, que partiu o jogo, o intervalo chegou com um teimoso 0-0. Nos balneários, Roger Schmidt desfez o ataque móvel com que reagira à venda de Gonçalo Ramos ao Paris Saint-Germain e fez entrar Petar Musa, para ter uma referência na frente de ataque. Funcionou na perfeição.
O Benfica entrou em campo, no segundo tempo, como o Porto, que por sua vez se apagou, atuara na primeira, com uma grande diferença: a eficácia. Aos 61 minutos, pressão alta e recuperação de bola, Orkun Kokçu fez um grande passe a rasgar a defesa do Porto, para Ángel Di María, colocado em jogo por Pepe. Na cara de Diogo Costa, o argentino rematou cruzado, fora do alcance do guarda-redes.
Sete minutos depois, novo erro - vários erros em catadupa, aliás - do Porto na saída de bola, com muita trapalhice à mistura, e o Benfica aproveitou. Rafa Silva bailou perante os adversários pela direita e colocou ao primeiro poste, rasteiro, em Musa, que só teve de encostar e mostrou que devia ter jogado logo de início.
Ao minuto 90, um dos momentos do jogo. Pepe atingiu as costas de David Jurásek com o joelho, quando a bola já ia longe, e o videoárbitro (VAR), João Pinheiro, chamou a atenção de Luís Godinho para o sucedido. Após ver as imagens no relvado, o árbitro expulsou o capitão do Porto com cartão vermelho direto. Ao deixar o campo, Pepe tirou a camisola e exibiu-a aos adeptos do Benfica.
Logo a seguir, Galeno fletiu da esquerda para a direita e desferiu um pontapé forte e colocado ao poste mais distante, indefensável pela luva de Odysseas Vlachodimos. Porém, após analisar o lance no VAR, Godinho anulou o golo, porque Gonçalo Borges dominara a bola com o braço antes de cedê-la a Galeno.
A equipa do FC Porto estava de cabeça perdida e, já depois de Diogo Costa ter impedido o terceiro golo do Benfica com duas grandes defesas num só lance, a polémica estalou. Aos 97 minutos, Sérgio Conceição viu o cartão vermelho, por palavras para o árbitro, mas recusou-se veementemente a sair de campo.
"Não saio. Eu fico aqui", afirmava o treinador portista, interpelado por Fábio Veríssimo, o quarto árbitro, e Marcano, que herdara a braçadeira de capitão de Pepe. Sérgio só aceitava falar com Luís Godinho, que por seu lado se recusava a ceder à vontade. Ao fim de quatro minutos, o árbitro lá foi ter com Conceição, explicou a decisão e o antigo internacional português saiu, por fim, do relvado.
De lance em lance e ao fim de cerca de 15 minutos de descontos, o jogo lá chegou ao fim e Nicolás Otamendi levantou a nona Supertaça da história do Benfica.