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5 Dias para conhecer Porto de Mós

O Verão chegou e está na hora de programar as suas férias. De 26 a 30 de junho, a Sónia Santos dá-lhe a conhecer Porto de Mós. ​Acompanhe aqui o “Diário de Bordo” da repórter da Renascença Sónia Santos e embarque numa viagem incrível pelas maravilhas naturais da região. São 5 dias e 5 reportagens para conhecer esta região do centro do país. Descubra porque se diz que "Porto de Mós somos todos nós".

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Dos segredos mais bem guardados do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros à beleza das Grutas de Mira de Aire, das memórias que o Castelo da Vila guarda à vitória tão festejada na Batalha de Aljubarrota, dos mais preciosos tesouros do património aos sabores únicos da terra, a Sónia Santos vai contar-lhe tudo o que tem de saber sobre esta região maravilhosa do nosso país.

Viajar pela sua paisagem e gastronomia vai ser como um regresso às nossas origens. Um regresso a casa que explica bem a frase: “Porto de Mós Somos Todos Nós”!
Não perca as reportagens na emissão da Renascença, acompanhe aqui o “Diário de Bordo”:

Embarque neste tour incrível pelo centro do país e venha conhecer o melhor de Portugal. Uma iniciativa da Renascença com o apoio da Câmara Municipal de Porto de Mós. Lembre-se que estas sugestões são para 5 dias mas pode sempre escolher ficar mais ou menos tempo.

Porto de Mós situa-se em pleno Parque Natural das Serras de Aires e Candeeiros e, por isso, é um lugar repleto de recantos naturais e surpreendentes, como as Grutas de Mira de Aire, uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal. Foi palco de uma das principais vitórias militares dos portugueses e o Castelo desempenhou um papel importante nesse momento histórico. Explorar a Vila de Porto de Mós é mergulhar em alguns dos episódios mais empolgantes da história de Portugal, incluindo a Batalha de Aljubarrota.

Visitar Porto de Mós pode ser apenas o início de uma grande aventura para viver em família ou com amigos. No fim, todos dirão: “Porto de Mós Somos Todos Nós”.


A Sónia Santos foi visitar a Fórnea, em Porto de Mós
A Sónia Santos foi visitar a Fórnea, em Porto de Mós

A visita da Sónia Santos a Porto de Mós, começou pela Fórnea - um dos mais belos e imponentes anfiteatros esculpidos pela Natureza.

O nome vem do seu formato que se assemelha a um forno. Com 500 metros de diâmetro, 250 metros de altura e uma configuração digna de visita, a Fórnea é um local de contemplação por excelência.

É impressionante olhar para o que se assemelha a enorme abatimento da crosta terrestre que começa em Chão das Pias e desce até Alcaria. Um fenómeno geológico, resultado de erosões provocadas por milhões de anos.

Na zona da várzea existe um vale de oliveiras. No espaço envolvente encontram-se duas cascatas e duas nascentes. No interior da Fórnea, o ex-libris: a Cova da Velha, uma cavidade com uma nascente que alimenta o Ribeiro da Fórnea.

Caminhar por aqui é mergulhar em pleno na natureza. O percurso estende-se ao longo de um quilómetro, é bastante linear e muito acessível.

Vai adorar andar tranquilamente por entre os matos baixos compostos por roselhas, alecrins e pilriteiros; cruzar-se com figueiras, loureiros, medronheiros e até algumas zelhas, uma árvore rara em Portugal; sentir o aroma das orquídeas selvagens, da rosa albardeira ou de algumas ervas aromáticas como o poejo, o orégão ou várias espécies de tomilho.

Também irá confirmar a grande riqueza de vida animal. Entre muitas aves espécies que aqui vivem, é na Fórnea que encontra o maior núcleo de gralhas de bico vermelho. Raposas, doninhas, texugos e ouriços-cacheiros são também visitas regulares deste local imerso numa paisagem deslumbrante, inserido no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, que tem mesmo de visitar, pelo menos uma vez na vida!

No segundo dia, nesta visita a Porto de Mós, a Sónia Santos optou por explorar uma outra magnífica obra da natureza, mas, desta vez, subterrânea: as Grutas de Mira de Aire.

Reconhecidas como umas das 20 Grutas mais bonitas do mundo e uma das sete maravilhas naturais de Portugal, são as maiores grutas turísticas do país.

Foram descobertas a 27 julho 1947, num acaso, quando quatro homens andavam à procura de água. No inverno o ar da gruta é mais quente do que no exterior e este ar quente, que está sobrecarregado de humidade, ao entrar em contacto com o ar frio faz uma névoa. Ora, aquele vapor que se via, só podia ser indício de que ali havia água! E, afinal, havia muito mais do que “só” água!

A visita dura cerca de 1 hora. Começa num pequeno auditório com a exibição de um vídeo que explica a formação das grutas. Depois, somos levados para o local onde os primeiros homens ali entraram e passamos também a explorar este mundo subterrâneo. A descer todos os Santos ajudam e os 683 degraus também. Passamos por diversas salas “esculpidas” pela mão da água, de forma majestosa, e é muito curioso ver a "fonte das pérolas", as "galerias do polvo", o "órgão", a “cabeça da velha” ou as estalactites “esparguete”.

No fim da visita está a mais de 100 metros de profundidade. Mas não se preocupe, pois, o regresso é feito por elevador!


Debaixo da terra, a Sónia descobriu algumas curiosidades que partilha aqui:

• Conhecem-se 11 quilómetros de gruta, mas só 600 metros são visitáveis. Da entrada do Rio Negro até ao ponto mais afastado que, até agora, se conhece são 7 horas para lá chegar!

• A temperatura do interior da gruta que é constante todo o ano (entre os 17 º e os 18º centígrados) e representa a temperatura média do exterior desse local, ou seja, a temperatura média anual de Mira de Aire é de 17 º a 18º centígrados.

• As Grutas são um ser vivo que precisa de muitos cuidados, entre outros, os níveis ideais de humidade estão sempre a ser verificados e acautelados. Só desta forma as grutas podem manter-se saudáveis. Há um cuidado extremo para que o impacto das visitas seja o menor possível.

• Até 1971 estiveram classificadas como abrigo militar.

• Em 1979 foram um dos cenários para a mini-série franco-italo-alemã, sob direcção de Denys de La Patellière, que adaptou o clássico de Alexandre Dumas, “O conde de Monte Cristo”.

• As Doce gravaram aqui o videoclipe de Ali Bábá. Moonspell ou David Carreira são outros artistas que também já usaram estas grutas como cenário para videoclips.

• A 80 metros de profundidade, existe uma galeria que mercê das excelentes condições naturais que apresenta, foi transformada em zona de estágio, comercialização e provas de vinho tinto.

• Os túneis foram abertos não com explosivos, mas com a mesma técnica usada nas pedreiras.

Mais de 8 milhões de pessoas já visitaram as Grutas de Mira de Aire! E você? Já conhece a maior galeria subterrânea até hoje descoberta em Portugal e uma das mais bonitas paisagens que o mundo tem para nos oferecer?
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Viver uma aventura em Porto de Mós
Viver uma aventura em Porto de Mós

O terceiro dia, em Porto de Mós, começou em modo “princesa” para a Sónia Santos.

A Sónia visitou o Castelo de Porto de Mós - um dos melhores exemplares de arquitetura militar e residencial, nos estilos gótico e renascentista e que parece saído de um conto de fadas. Este aspecto deve-se à intervenção do neto primogénito de D. Nuno Alvares Pereira, mas, já lá vamos.

A planta que actualmente se conhece é atribuída a D. Sancho I, em 1200 e, como, todos os castelos, tinha um papel importante na consolidação e defesa do território (no caso, entre o Tejo e o Mondego).
A sua ultima missão militar aconteceu em vésperas da Batalha de Aljubarrota. Aqui pernoitaram os nossos soldados.
Na sequência da vitória, D. João I doa o condado de Porto de Mós a D. Nuno Alvares Pereira que, anos mais tarde, o lega ao seu neto D. Afonso, IV Conde de Ourém.

Chegamos, então, ao papel importante deste homem culto e viajado. D. Afonso, que era assim uma espécie de diplomata do rei, inicia obras de recuperação e “remodelação”. Foi com ele que a estrutura medieval deixou de ser uma atalaia para passar a ser um palacete residencial. Acrescentou-lhe conforto, salubridade e todo um conjunto de pormenores decorativos ( varandas rasgadas na fachada, pórticos, colunas) inspirados num renascimento italiano emergente na Europa. Aliás, este é um dos primeiros edifícios nacionais a receberem esta influência estética.

É a D. Afonso que se deve também, na fachada principal, “as torres com telhas verdes que lhe dão o ar de conto de fadas” como disse a Sónia Santos. Nada como estar in loco para aprender e agora, a Sónia já sabe que, afinal, são torreões encimados por coruchéus com acabamento de cerâmica verde.
Mais tarde, o abandono e o terramoto de 1755 provocaram a ruína do castelo.

A classificação de 1910 como Monumento Nacional e as campanhas de reconstrução e restauro de 1936 a 1960 fizeram-no ressurgir. Nos anos 90 uma nova intervenção conferiu-lhe as melhores condições para o receber!

Claro que, será impossível não ver o Castelo quando visitar Porto de Mós: lá está ele, soberano e elevado, isolado a 148 metros acima do nível do mar.
Mas nada como entrar, deslumbrar-se com a vida sobre a vila, o vale do Lena e a serra dos Candeeiros e sentir-se REALmente uma princesa ou um príncipe.

Tasquinhas

Visitar Porto de Mós em Junho, sem ir às Tasquinhas, não é visitar Porto de Mós. Por isso, a Sónia Santos fez questão de viver um pouco das Festas de São Pedro.

Ao recinto, animado e colorido, não falta a música, os carrinhos de choque quer para miúdos, quer para graúdos, o canguru saltitão que promete emoções fortes, o carrossel, sempre mágico. Aqui e ali um monte de balões esvoaçam juntos enquanto esperam a sua vez de ir parar à mão de uma criança.

A zona mais movimentada, é contudo, onde estão os “monumentos” das festas: as tasquinhas. Todas elas de associações locais, feitas pela população através de um movimento associativo. É desta forma que angariam fundos para dar continuidade aos projectos a que se dedicam.

Em Porto de Mós, as Festas de São Pedro, têm o selo de Eco Evento. Eliminou-se por completo os descartáveis e, para além disso, há um 2 em 1: as diversas associações ao separarem o lixo transformam quilos (de lixo) em euros, que depois revertem para a CERCILEI.

Com o objectivo “desperdício zero”, uma associação de reefood do concelho, em conjunto com as juntas de freguesia, leva os sabores das tasquinhas aos que não conseguem lá ir por razões económicas.

Dois conselhos da Sónia: não saia das festas sem provar os coscorões, de preferência quentinhos, e quando for beber a bica, peça o Café da Avó.
Oiça a reportagem:

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CIBA - Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota

A Sónia Santos terá que ser muito sincera, de todos os locais que decidiu visitar em Porto de Mós, onde achava que iria estar menos tempo, seria no CIBA – o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota. Porque seria algo mais “institucional”; porque mais ou menos todos nos lembramos, dos tempo de escola, do que e como foi esta Batalha; porque o local, com certeza, não deveria ser tão imponente em comparação com os outros destinos que já havia decidido ir.

Ainda assim, claro que achou que era ponto obrigatório numa visita a Porto de Mós. Lá foi e não é que se surpreendeu!? E muito!

Sim, o CIBA não tem a grandiosidade da Fórnea, a beleza das Grutas, a imponência do Castelo ou a diversão das Tasquinhas. No entanto, esta foi uma visita literalmente histórica.

O local só por si, é um sossego, está muito bonito e cuidado. Quantos aos conteúdos... que riqueza!

Primeiro é dado contexto económico-socio-político que se vivia e que vem a justificar o que aconteceu no dia 14 de Agosto de 1385, no planalto de S. Jorge. Tudo muito bem explicado, de forma bastante acessível e que nos dá a base perfeita para se percebermos (ou relembrarmos) como se chegou a vias de facto com os castelhanos (e corremos com eles, claro!)

Depois, uma exibição de “provas” que fundamentam historica e cientificamente o que terá acontecido no Campo Militar de São Jorge. Também pode ver várias réplicas de algumas das armas usadas.

Com o que a Sónia não contava era VER a história da Batalha de Aljubarrota. É (muito bem) narrada em pleno campo de batalha através de um espetáculo multimédia que nos transporta para o século XIV. A não perder.

Terminado o filme, avançamos para outra sala onde damos de caras com o roço aberto pelas tropas portuguesas para travar os castelhanos. Já no exterior, a imaginação permite-nos voltar a ver, agora “no terreno”, o campo de batalha, as posições que ocupavam portugueses e espanhóis, a posição de D. João I ou de D. Nuno Alvares Pereira num dos acontecimentos mais decisivos da História de Portugal..

Quanto à padeira de Aljubarrota? A Sónia perguntou por ela. Vai ter de ouvir a reportagem para saber:

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