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Música em São Roque celebra 35 anos com 10 concertos gratuitos

12 out, 2023 - 19:02 • Maria João Costa

Várias estreias, a abertura com o Coro Gulbenkian e o encerramento com a Orquestra Barroca da Casa da Música. Assim será a 35ª edição da Temporada Música em São Roque, que decorre de 13 de outubro a 10 de novembro, em Lisboa. O maestro Martim Sousa Tavares fará sessões online para ajudar a aproximar o público da música erudita.

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Organizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Temporada de Música de São Roque está de regresso para a sua 35ª edição, de 13 de outubro a 10 de novembro, na Igreja de São Roque e no Convento de São Pedro de Alcântara, em Lisboa.

O cartaz deste ano, que prevê 10 concertos com entrada gratuita, mantém algumas tradições. O concerto de abertura está a cargo do Coro Gulbenkian, que nesta sexta-feira irá, no espetáculo intitulado “Aeternus”, assinalar os 400 anos da morte de William Byrd.

Este é um espetáculo para ouvir na Igreja de São Roque, tal como o concerto de encerramento, no dia 10 de novembro, às 21h00, que caberá aos solistas da Orquestra Barroca Casa da Música.

No cartaz deste ano, destaque para várias estreias. O agrupamento “Sete Lágrimas” irá tocar pela primeira vez o projeto “Loa”, baseado na obra de André Dias de Escobar, no dia 4 de novembro, às 16h30 na igreja do Convento de São Pedro de Alcântara.

Antes ainda, a 20 de outubro, o Ensemble MPMP apresenta em estreia moderna "Missas Românticas", de Francisco Xavier Migone e Santos Pinto. No mesmo concerto, será apresentada, em estreia absoluta, a obra do vencedor do Prémio Musa 2022, Samuel Gapp.

Em entrevista à Renascença, Leonor Azedo, a coordenadora artística da Temporada de Música de São Roque, fala num programa com um “leque variado de opções que irão de encontro às expectativas do público”.

Olhando para o cartaz, e depois da abertura, no primeiro fim de semana, a 15 de outubro, o público vai poder escutar o Ensemble Bonne Corde que apresentará "Tenebræ/Lamentações para a Semana Santa de Fiocco", do compositor belga Joseph-Hector Fiocco.

“Um dos princípios base da Temporada de Música de São Roque é apoiar a cultura musical de matriz portuguesa”, indica Leonor Azedo e um dos concertos, a 3 de novembro, a cargo dos Capella Duriensis Grupo Vocal, apresenta um reportório que sai do Fundo Musical à guarda Arquivo Histórico da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Também o Ensemble D. João V, que atua dia 22 de outubro, propõe uma viagem às joias do repertório do barroco musical português. Já o Grupo Vocal Olisipo irá, no dia 29 de outubro, pelas 16h30 interpretar, na Igreja do Convento de São Pedro de Alcântara, obras do reportório da polifonia renascentista.

Leonor Azedo sublinha que o cartaz contempla o compromisso entre “a qualidade artística das propostas” e os músicos. Um dos exemplos é no dia 27 de outubro, o concerto “A música em Coimbra no início do século XIX”, que celebrará os 700 anos sobre a primeira referência à cátedra de Música da Universidade de Coimbra. O agrupamento Avres Serva irá tocar obras de José dos Santos Maurício e Francisco de Paula e Azevedo, numa primeira audição moderna.

A 5 de novembro será apresentada “A música na Igreja de Santo António dos Portugueses em Roma”, com obras de Giovanni Pietro Franchi, num concerto a cargo do Ludovice Ensemble e que resulta da investigação da musicóloga Cristina Fernandes e de Fernando Miguel Jalôto.

Toda a temporada é acompanhada pela iniciativa “Ouvidos Para a Música”, que prevê sessões de apreciação musical, da responsabilidade do maestro Martim Sousa Tavares e que terão um formato digital e que pretendem contribuir para uma melhor aproximação do público à música erudita.

Criada há 35 anos, a Temporada de Música de São Roque é considerada uma das melhores e mais antigas temporadas de música de Lisboa. Surgiu em 1988 com o objetivo de reforçar a política da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa de apoiar a cultura musical portuguesa, divulgando também o património histórico e artístico.

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