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Redução dos voos da Ryanair não terá a repercussão prevista na Madeira, garante governo regional

22 nov, 2023 - 19:24 • Lusa

O chefe do executivo madeirense apontou que a transportadora aérea Ryanair, em termos de ligações internacionais, vai manter as rotas de Londres, Manchester, Dublin e Paris com a Madeira, tendo decidido cancelar, a partir de janeiro, as de Marselha, Nuremberga e Bérgamo.

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O presidente do Governo da Madeira considerou hoje que o anúncio da Ryanair de reduzir os aviões baseados na ilha e as ligações para a região devido ao aumento das taxas aeroportuárias "não terá o impacto inicialmente previsto".

"Aqui, na Madeira, a diminuição não vai ter uma repercussão muito forte porque vamos manter Lisboa com 11 frequências. De 14 passa para 11 por semana. O Porto passa de 10 para 9", disse o Miguel Albuquerque aos jornalistas à margem da visita que efetuou ao Centro de Inteligência Artificial, no concelho de Santa Cruz, contíguo a leste do Funchal.

O governante salientou que a Madeira mantém " uma ótima relação com a Ryanair e não se alterou nada", tendo a companhia aérea, "por razões operacionais", devido ao aumento das taxas aeroportuárias, informado que decidiu efetuar uma diminuição da sua presença nos aeroportos do Funchal, do Porto e de Faro.

O chefe do executivo madeirense apontou que a transportadora aérea Ryanair, em termos de ligações internacionais, vai manter as rotas de Londres, Manchester, Dublin e Paris com a Madeira, tendo decidido cancelar, a partir de janeiro, as de Marselha, Nuremberga e Bérgamo.

"A operação da Ryanair no aeroporto da Madeira significa 15%, o que diminui é apenas 5% desta operação, com esta particularidade de se manter as ligações semanais para Lisboa e Porto, o que é muito importante para os madeirenses também", salientou.

Albuquerque argumentou ainda que, "neste momento, não há nada que se possa fazer".

"Estamos numa situação que é fundamental. A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) tem que aprovar estas taxas. Eu não me meto nisso", declarou.

Segundo o líder regional, a Madeira tem "uma subida das taxas que foi menor, foi só 6%", acrescentando que a região "não tem competência para intervir nos outros aeroportos nacionais" que são concessionados, uma situação que acontece num contexto de haver um Governo da República demissionário.

"Vamos ver no próximo quadro governativo o que podemos fazer", estando o Governo da Madeira a efetuar diligências "no sentido de suprir esta carência ou esta quebra dos 5% na operação" da Ryanair, complementou.

Miguel Albuquerque defendeu que a Madeira pretende aumentar a operação no aeroporto da região e quer "continuar a ter mais rotas diretas".

Visto que existem "outras companhias que vão continuar a operar", a Madeira vai fazer "as diligências no sentido de as manter e reforçar", disse.

O presidente do governo insular assegurou que a região vai "continuar a manter um diálogo com a Ryanair", realçando que esta companhia "deu um grande contributo para o desenvolvimento do turismo e do fluxo do turismo para a Madeira e para a modernização do mercado da aviação".

Na terça-feira, o CEO da transportadora aérea Ryanair, Michael O"Leary, anunciou que vai reduzir os aviões da transportadora baseados na Madeira de dois para um, a partir de janeiro, bem como o tráfego no Porto e em Faro.

Hoje, o diretor comercial da transportadora, Jason McGuiness, reuniu-se com Miguel Albuquerque para falar desta decisão, tendo a empresa e o Governo Regional acordado "trabalhar em conjunto" para pressionar a ANA -- Aeroportos de Portugal a não aplicar os aumentos das taxas aeroportuárias.

Por seu turno, em comunicado, a ANA criticou a Ryanair por justificar a redução de voos com o aumento das taxas aeroportuárias para 2024, salientando que "são inferiores às de 2019" e realçando que houve "três anos de reduções consecutivas [dessas taxas]".

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