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Paulo Raimundo apoia greve na Teleperformance e exige valorização dos salários

26 fev, 2024 - 16:10 • Lusa

"A TP (Teleperformance) pratica o salário mínimo nacional. Agora como foi obrigada a aumentar, em muitos casos, tirou os 60 euros do bónus, que são prémios voláteis", afirmou a dirigente do SINTTAV, Ana Costa, em declarações à Lusa.

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Centenas de trabalhadores da Teleperformance estão concentrados esta segunda-feira, em Lisboa, reivindicando o aumento dos salários e o fim dos cortes nos prémios.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, marcou presença na concentração dos trabalhadores da multinacional , expressando o seu apoio à greve e exigindo a valorização dos salários face aos lucros das empresas.

"É só para uma grande saudação a todos vós, pela vossa coragem e pela vossa determinação por estarem a lutar por aquilo a que têm direito, por estarem a lutar pelo vosso trabalho, pela vossa estabilidade e, acima de tudo, por uma coisa pela qual estamos a batalhar e que não vamos largar: o aumento dos salários", declarou o líder da CDU (Coligação Democrática Unitária).

Pelas 14h00, os trabalhadores, em greve, juntaram-se em frente ao City Center, em Entrecampos, Lisboa, com bandeiras do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV) e cartazes, onde se podem ler frases como: "Todos Pobres" ou "Teleperformace - Worst Place to Work" (Pior sítio para trabalhar.

"A TP (Teleperformance) pratica o salário mínimo nacional. Agora como foi obrigada a aumentar, em muitos casos, tirou os 60 euros do bónus, que são prémios voláteis", afirmou a dirigente do SINTTAV, Ana Costa, em declarações à Lusa.

Os trabalhadores exigem ainda a progressão salarial de acordo com a antiguidade na empresa, o fim dos cortes nos bónus e da obrigatoriedade do pagamento do subsídio de refeição em cartão de refeição.

Cerca de duas horas após o debate nas rádios - o último desta campanha eleitoral -, e numa ação que não estava anteriormente incluída na agenda comunista para esta segunda-feira, Paulo Raimundo reiterou o compromisso do partido com a luta das centenas de trabalhadores da empresa, que hoje protestaram por melhores condições profissionais.

"Não há nada que justifique que não haja aumento dos salários. Não há nada que justifique estes milhões de lucros e a vida de cada um de nós cada vez mais apertada. Precisamos de ser valorizados, respeitados e precisamos de ter uma coisa com a qual se paga as contas, a renda, a alimentação, que é salário. E salários não são bónus ou prémios, é aquilo que cai ao final do mês de forma certa", vincou.

A concentração juntou trabalhadores portugueses, espanhóis, franceses ou ingleses, que empunhavam cartazes de protesto em várias línguas. A dimensão da concentração obrigou a Polícia de Segurança Pública (PSP) a condicionar a circulação naquela zona de Entrecampos, face à presença de centenas de pessoas junto às instalações da empresa.

Por entre breves conversas com alguns representantes dos trabalhadores, com quem chegou a tirar "selfies", e do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (SINTAV), Paulo Raimundo recorreu a um megafone para se dirigir às pessoas e assegurou o apoio à "justíssima reivindicação".

Lembrou ainda que a luta destas pessoas é também a de "todos os trabalhadores que cá vivem e trabalham" em Portugal, acabando por sair poucos minutos antes da chegada da coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, que também compareceu nesta concentração em Lisboa.

A caravana da CDU prossegue a campanha com uma ação de tarde em Alverca e um comício à noite na Marinha Grande.

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