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Protesto na PSP. Agentes tentaram entregar armas de serviço

02 fev, 2024 - 22:54 • Lusa

Direção nacional da PSP também refere "um número de baixas médicas superior ao habitual" entre os agentes.

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Polícias de vários comandos do país tentaram entregar as armas de serviço como forma de protesto, avança a PSP. Segundo esta força de segurança, existe "um número de baixas médicas superior ao habitual" entre os agentes.

Num esclarecimento sobe as ações de protesto por parte dos polícias, a direção nacional da PSP dá conta que em determinadas subunidades de diferentes Comandos Territoriais de Polícia existiram "algumas situações em que polícias, ao entrar de serviço, solicitaram para entregar a sua arma de serviço", mas "tais ações não foram concretizadas".

"Atendendo ao plasmado no Estatuto Disciplinar da PSP, os polícias têm que observar as normas legais e regulamentares e as instruções de serviço emanadas pelos superiores hierárquicos, bem como tomar conta de quaisquer ocorrências integradas na esfera da sua competência e utilizar com prudência todos os bens e equipamentos que lhes forem distribuídos ou confiados no exercício das suas funções ou por causa delas, pelo que tais ações não foram concretizadas", precisa a PSP.

A Polícia de Segurança Pública garante também que, "embora exista um número de baixas médicas superior ao habitual, tal facto não está a colocar em causa a normal prestação de trabalho desta força de segurança", que continua a manter "elevada capacidade e prontidão operacional".

Numa ação que surgiu nas redes sociais de apelo à entrega das armas, polícias de vários comandos do país da PSP, sobretudo em Braga e na esquadra do aeroporto de Lisboa, decidiram entregar as armas de serviço como forma de protesto, mas sem sucesso.

Mais de 20 mil polícias na manifestação do Porto
Mais de 20 mil polícias na manifestação do Porto

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Santos, disse à Lusa que os agentes tentaram fazer a entrega, mas não conseguiram porque os superiores hierárquicos não o permitiram por não existir fundamento para o efeito.

Fonte policial adiantou que, como os agentes não conseguiram entregar as armas de serviço, apresentaram baixas médicas.

Paulo Santos esclareceu que estas ações de protesto não estão a ser organizadas pelos sindicatos da PSP.

Na quinta-feira à noite, a plataforma que congrega 11 sindicatos da PSP e associações da GNR apelou aos elementos das forças de segurança para que não se deixassem "cair na tentação" e pedia para não "se exporem a riscos desnecessários" que coloquem "em crise aquilo que tanto demorou a construir", referindo-se à união de todos os polícias.

"Num período em que os meios humanos e materiais são reduzidos e as responsabilidades cada vez maiores, os problemas psicológicos, tal como o stress, a exaustão e a intolerância, podem agudizar-se", refere a plataforma, que na quarta-feira organizou no Porto a maior manifestação de sempre de elementos da PSP e da GNR, ao reunir cerca de 20 mil polícias.

Os elementos PSP e da GNR exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, estando há mais de três semanas em protestos numa iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargou a todo o país.

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  • Luiz
    03 fev, 2024 SANTO ANTÓNIO DOS CAVALEIROS 10:30
    Entreguem ao vosso Patrono André Ventrulha!
  • 02 fev, 2024 Lisboa 23:32
    Nos aeroportos nacionais, também ficaram doentes aos molhos, de um momento para o outro. Não precisam de dinheiro, pelos vistos, porque as baixas não são pagas.

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