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Prémios Gazeta 2023

Reportagem da Renascença "Pegada Digital" vence Prémio Gazeta Multimédia

03 out, 2023 - 16:58 • Redação

A investigação, da autoria da jornalista Inês Rocha, expõe casos de empresas e entidades do Estado que não respeitam a privacidade dos cidadãos, mesmo depois do RGPD.

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A reportagem "Pegada Digital", publicada pela Renascença em abril de 2022, foi distinguida com o Prémio Gazeta Multimédia, atribuído pelo Clube de Jornalistas (CJ). A investigação da jornalista Inês Rocha questionava o que é feito com os nossos dados e expunha casos de empresas e entidades do Estado que ainda não respeitavam a privacidade dos cidadãos, quatro anos depois do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD). Para tal, Inês Rocha fez ‘download’ da sua própria vida para perceber "o que as empresas guardam sobre nós" e "até onde nos leva a nossa pegada digital". A investigação implicou o contacto com mais de 70 entidades.

Inês Rocha sublinha que este "é um prémio muito especial". "Foi uma investigação que fiz durante mais de um ano, um trabalho muito longo" — tempo que é "muito difícil" de conseguir "hoje em dia nas redações."

O grafismo, ilustração e infografia são da autoria de Rodrigo Machado, o design e desenvolvimento são de João Antunes, a imagem é de Inês Rocha, Núria Melo e Joana Gonçalves, a edição de som e música original são de Luís Sanfins e a coordenação editorial é de Joana Bourgard, Sílvio Vieira e Maria João Cunha.

É a quarta vez que a Renascença é distinguida com um Prémio Gazeta Multimédia. Os trabalhos reconhecidos anteriormente foram "O Cemitério dos Vivos" (2017), de João Carlos Malta e Teresa Abecasis, e as reportagens de Catarina Santos "A Sul da Sorte" (2015) e "20 anos São Dois Dias" (2016).

O Gazeta de Imprensa foi atribuído a dois trabalhos em ex aequo: ao jornalista Miguel Carvalho, pela reportagem “O braço armado do Chega”, publicada na revista Visão; e a Pedro Caldeira Rodrigues, da Agência Lusa, pelo conjunto de reportagens “Chove em Kiev”.

Na categoria de Televisão, o CJ distinguiu a reportagem “A roupa dos brancos mortos”, de Amélia Moura Ramos, emitida na SIC.

O Gazeta de Rádio foi atribuído a Paula Borges, pela reportagem “Na arte de resistir – Somos Moçambique”, emitida pela RDP África.

Na categoria de Fotografia, o júri escolheu o trabalho de João Porfírio, do Observador, pelo conjunto de imagens enquadradas na reportagem “Ucrânia – Os primeiros 75 dias de guerra”.

O galardoado com o Gazeta Revelação é Daniel Dias, autor da reportagem “Há caçadores de água da neblina que querem criar novas florestas em Portugal”, publicada no jornal Público.

Já o Gazeta de Mérito distingue, este ano, Ana Sousa Dias, "detentora de uma sólida carreira jornalística, que deixou a sua marca em diversos meios", lê-se no comunicado do CJ. A jornalista passou por órgãos como o Diário de Notícias, Expresso, Público, Jornal de Notícias e Agência Lusa e exerce atualmente funções de provedora do telespetador da RTP.

Por fim, o prémio destinado à Imprensa Regional, uma escolha da direção do CJ, será atribuído ao jornal Mensageiro de Bragança,

Em comunicado, o CJ sublinha que "apreciou este ano quase 90 trabalhos", sublinhando que a "elevada qualidade das candidaturas" tornou "complexa a escolha" — o que, entende o CJ, é "prova da dinâmica que, resistindo à crise, o Jornalismo conserva".

O júri dos Prémios Gazeta 2022 foi presidido por Eugénio Alves (do CJ), e contou ainda com Cesário Borga (também do CJ), Eva Henningsen (Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal), Elizabete Caramelo (professora universitária), Fernando Cascais (professor universitário e formador do Cenjor), Jorge Leitão Ramos (crítico de cinema e televisão), José Rebelo (professor emérito do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa), Inácio Ludgero (fotojornalista), Dina Soares (Jornalista) e Paulo Martins (jornalista e professor universitário).

Atribuído com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, os Prémios Gazeta são a mais importante distinção do jornalismo português.

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