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“Não se consegue compreender a surdez, a cegueira” de Costa face aos protestos dos polícias

03 fev, 2024 - 11:57 • Redação

Paulo Santos, presidente Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, diz que os sindicatos estão a pressionados para avançarem com outro tipo de ações mais drásticas. “Nós não queríamos entrar em comportamentos de desobediência, comportamentos conformes com aquilo que é a nossa condição policial, mas receamos não ter capacidade de aguentar a pressão.”

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A plataforma que congrega sindicatos e associações das forças de segurança enviou, este sábado, uma carta ao primeiro-ministro sobre a "situação limite" dos profissionais que representam, alertando para um eventual "extremar posições" perante a "ausência de resposta" do Governo.

Em declarações à Renascença, Paulo Santos, presidente Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, reitera a mesma posição. E deixa um alerta.

“Não se consegue compreender a surdez, a cegueira do sr. primeiro-ministro relativamente a estas movimentações [das polícias]. Para além disso, há um conjunto de iniciativas, por parte do Governo, que dão resposta a vários problemas identificados em vários setores deixando de lado a segurança interna uma vez mais”, diz.

Paulo Santos diz que os sindicatos estão a pressionados pelos associados para avançarem com outro tipo de ações mais drásticas. “Nós não queríamos entrar em comportamentos de desobediência, comportamentos conformes com aquilo que é a nossa condição policial, mas receamos não ter capacidade de aguentar a pressão.”

Este sábado irá ocorrer um protesto da extrema-direita "contra a islamização da Europa" e um arraial contra o racismo vão ocorrer em simultâneo em duas zonas de Lisboa, uma situação de tensão que preocupa as autoridades.

A propósito desta situação, o representante da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia defende que estas manifestações “demonstram bem aquilo que é a complexidade no nosso serviço, a exigência do nosso serviço. É preciso, para dar resposta a todas estas missões, ter profissionais preparados, tranquilos e habilitados a estar libertos de qualquer outra preocupação para poder desempenhar um serviço que garanta o exercício à liberdade, o exercício à manifestação".

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