A+ / A-

Segurança Social encerrou 97 lares até final de novembro

21 dez, 2023 - 09:28 • Lusa

O Instituto de Segurança Social revela que se fizeram 674 ações de fiscalização. Dos 97 encerramentos, 24 tiveram caráter de urgência.

A+ / A-

O Instituto de Segurança Social (ISS) já encerrou neste ano 97 lares de idosos, 24 dos quais de forma urgente porque havia perigo iminente para os utentes, tendo as pessoas sido retiradas e encaminhadas para outras respostas.

Segundo dados enviados à agência Lusa, até ao dia 30 de novembro o ISS fez 537 ações de fiscalização a lares de idosos, tendo encerrado 97. Destes, 93 eram estruturas residenciais que não estavam licenciadas, tendo havido 24 casos em que os lares tiveram de ser encerrados de forma urgente.

O ISS explica que os encerramentos urgentes acontecem "quando se verifica um perigo iminente para os utentes", sendo que nesses casos se "procede de imediato à retirada dos mesmos e ao respetivo encaminhamento para outras respostas encontradas pelas famílias ou sugeridas pela Segurança Social".

"As soluções para os utentes são sempre encontradas caso a caso, entre os familiares e a Segurança Social, que apoia e informa das soluções alternativas, sendo a decisão final da família", explica o ISS.

Quando o encerramento não tem caráter de urgência, o fecho do lar deve ser levado a cabo pela entidade proprietária, no período de 30 dias após a notificação pela Segurança Social.

"Findo este prazo, a falta de cumprimento é objeto de comunicação ao Ministério Público, podendo os responsáveis incorrer em crime de desobediência", acrescenta o ISS.

O Instituto de Segurança Social adianta também que em 2022 foram feitas 674 ações de fiscalização, que resultaram no encerramento de 117 lares de idosos, todos não licenciados, e que em 21 das situações se justificou o encerramento urgente.

Explica ainda que "os principais motivos de encerramento se prendem com a inexistência de licença de funcionamento ou de autorização provisória de funcionamento; inadequação de instalações face aos parâmetros legalmente definidos; deficientes acessibilidades que colocam em risco as condições de mobilidade dos idosos".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Anastácio José Marti
    21 dez, 2023 Lisboa 11:58
    Num país que tem centenas de seres humanos em vários hospitais, com alta mas sem condições familiares e de habitação para abandonarem os hospitais para deixarem as camas vagas para quem delas necessita, em vez de estarmos a assistir a abertura de lares pela Segurança Social e Santa Casa, não senhor, apenas mandam fechar os que nunca deveriam ter aberto e só o fizeram por falta total de fiscalização, sem darem solução alguma aos doentes com alta. É para isto que há uma Segurança Social e uma SCML?
  • Americo
    21 dez, 2023 Leiria 10:16
    Bom dia. Reproduzo a minha opinião de 19 DEZ, 2023 LEIRIA 13:56 Boa tarde. Na minha modesta opinião, acho que "fechar" lares é "fácil". A segurança social devia, nestes casos, criar as condições para os utentes continuarem nos lares e transferir para os proprietários os custos dessas condições. Em última análise tomar posse administrativa dos lares e vendê-los em haste pública, que serviria de exemplo. Assim, "despejar" os utentes só trás mais "problemas" para os respectivos familiares. Obrigad

Destaques V+