23 fev, 2024 - 08:00 • Ana Kotowicz
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Para fugir às variações, o número seguro é 1,7 milhões - nos últimos meses de 2023 o número de portugueses sem médico de família andou sempre acima desse valor. A subida tem sido constante nos últimos anos e a oposição acusa os governos socialistas de terem deixado aumentar, sem travão, o número de utentes nesta situação. A evolução? Em 2018, havia cerca de 690 mil portugueses sem médico de família. Em 2021, ultrapassavam um milhão. Um ano depois, chegou-se perto do milhão e meio e, em 2023, ultrapassou-se a barreira de 1,7 milhões.
A ideia de que todos os portugueses devem ter o seu médico de família é transversal aos partidos, mas encontram-se nuances quando se analisam os programas eleitorais. No PS, há a ideia de recorrer a médicos reformados para melhorar as respostas, sem nunca se prometer médico de família a todos os portugueses.
No programa do PSD, essa promessa também não existe - defende-se recorrer ao privado e aos profissionais reformados para resolver os problemas do SNS - embora Luís Montenegro tenha verbalizado a ideia de, até 2025, a medicina familiar chegar a todos.
De resto, Chega, CDU e PAN garantem que o médico de família chegará a todos, promessa seguida pela IL e pelo BE (com prazo de validade até 2028), enquanto o Livre propõe trabalhar nesse sentido.