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Paddy Cosgrave demite-se da liderança da Web Summit

21 out, 2023 - 16:13 • João Pedro Quesado

O cofundador do evento abandona devido aos comentários acerca do conflito entre Israel e o Hamas. A organização diz que a edição de 2023 vai "avançar como planeado".

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O líder e cofundador da Web Summit, Paddy Cosgrave, demitiu-se do cargo de CEO da cimeira. A informação foi avançada pelo jornal Sunday Independent e confirmada pela Renascença. A organização diz que o evento vai continuar como planeado.

De acordo com o comunicado, Paddy Cosgrave deixa o cargo devido aos comentários acerca do conflito entre Israel e o Hamas. "Peço novamente sinceras desculpas por qualquer mágoa causada", diz o ex-CEO.

No comunicado, Cosgrave considera que os comentários que fez estão a tornar-se "uma distração do evento", assim como para "a nossa equipa, os nosso patrocinadores, as nossas startups e as pessoas que frequentam" a cimeira.

Um porta-voz da Web Summit declara que a organização vai nomear um novo CEO "assim que possível", e que o evento de 2023 em Lisboa "vai avançar como planeado".

A saída já está refletida na página pessoal de LinkedIn, onde o ex-CEO dá como encerrada o tempo à frente da empresa responsável pela organização da cimeira tecnológica.

O movimento de boicote à Web Summit foi iniciado por Israel, quando o embaixador israelita em Portugal, Dor Shapira, considerou "ultrajantes" as declarações de Paddy Cosgrave.

Paddy Cosgrave escreveu na sexta-feira, na rede social X, que "crimes de guerra são crimes de guerra, mesmo quando cometidos por aliados, e devem ser denunciados pelo que são". Antes, comparou o número de mortes israelitas com as mortes palestinianas, numa publicação já apagada.

Ao boicote de Israel seguiu-se a saída de grandes empresas do evento. A Alphabet, dona da Google, a Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, e a Amazon anunciaram todas o boicote à Web Summit, juntando-se a um número crescente de empresas que cancelaram a sua participação na cimeira.

A Web Summit está agendada para os dias entre 13 e 16 de novembro, em Lisboa.

[atualizada às 16h43]

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  • Joaquim
    21 out, 2023 Paços 16:53
    Palhaçada! Estamos num mundo que mesmo não utilizando palavras ou discursos odiosos, não se pode dizer o que se pensa! Vergonhoso por parte da Meta, Google, Amazon, Intel e a Siemens…! Estamos a começar a viver numa era de ditaduras por parte das grandes empresas tecnológicas! É preciso limitar o puder destas empresas! E os jornalistas em vez de se juntarem ao circo, têm de dar voz à liberdade, claro, tendo em conta as palavras ou discursos odiosos!

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