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​OMS desaconselha adoçantes artificiais

15 mai, 2023 - 20:08 • Ricardo Vieira

Uso prolongado de adoçantes sem açúcar pode aumentar risco de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em adultos, alerta a Organização Mundial de Saúde.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) desaconselha o uso de adoçantes artificiais sem açúcar (NSS) para o controlo de peso ou para reduzir o risco de doenças não transmissíveis.

A recomendação consta de uma nova diretiva elaborada pelos especialistas da OMS, que foi divulgada esta segunda-feira.

O uso de adoçantes sem açúcar “não confere nenhum benefício a longo prazo na redução da gordura corporal em adultos ou crianças”, refere a Organização Mundial de Saúde, na sequência de uma “revisão sistemática das evidências disponíveis”.

“Os resultados da revisão também sugerem que pode haver efeitos indesejáveis potenciais do uso prolongado de NSS, como um risco aumentado de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em adultos”, alerta a OMS.

Francesco Branca, diretor de nutrição e segurança alimentar da OMS, aconselha a população a encontrar alternativas.

"Substituir açúcares livres por NSS não ajuda no controlo do peso a longo prazo. As pessoas precisam considerar outras maneiras de reduzir a ingestão de açúcares livres, como consumir alimentos com açúcares naturais, como frutas, ou alimentos e bebidas sem açúcar", diz Francesco Branca.

O responsável considera que os "NSS não são fatores dietéticos essenciais e não têm valor nutricional”.

“As pessoas devem reduzir completamente a doçura da dieta, começando cedo na vida, para melhorar sua saúde", aconselha.

A recomendação da OMS abrange todas as pessoas, exceto indivíduos com diabetes pré-existente.

Inclui todos os “adoçantes não nutritivos sintéticos e naturais ou modificados que não são classificados como açúcares encontrados em alimentos e bebidas industrializados ou vendidos sozinhos para serem adicionados a alimentos e bebidas pelos consumidores”.

“Os NSS comuns incluem acesulfame K, aspartame, advantame, ciclamatos, neotame, sacarina, sucralose, stevia e derivados de stevia”, refere a OMS.

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