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Papa pede para que mais velhos não sejam marginalizados

23 jul, 2023 - 11:02 • Redação

Neste dia mundial dos avós e dos idosos, o Papa desafiou ainda os jovens a construírem uma nova aliança com os mais velhos.

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Na missa, esta manhã, na Basilia de São Pedro, em Roma, o Papa Francisco pediu que as cidades não sejam espaços de solidão e desafiou ainda os jovens a construírem uma nova aliança com os mais velhos.

"Precisamos de uma nova aliança entre jovens e idosos, para que a seiva de quem tem uma longa experiência de vida humedeça os rebentos de esperança de quem está a crescer. Neste fecundo intercâmbio, aprendemos a beleza da vida, construímos uma sociedade fraterna e, na Igreja, permitimos o encontro e o diálogo entre a tradição e as novidades do Espírito", apelou o Papa durante a missa evocativa do Terceiro Dia Mundial dos Avós e dos Idosos.

"Não marginalizemos os mais velhos. Estejamos atentos para que as nossas cidades superlotadas não se tornem 'concentrados de solidão'; não aconteça que a política, chamada a atender às necessidades dos mais frágeis, se esqueça precisamente dos idosos, deixando que o mercado os relegue como 'resíduos não rentáveis'. Não aconteça que, à força de correr a toda a velocidade atrás dos mitos da eficiência e da produção, nos tornemos incapazes de abrandar para acompanhar quem sente mais dificuldade. Por favor, misturemo-nos, cresçamos juntos", pediu.

"Ouçamo-nos, conversemos, apoiemo-nos uns aos outros. Não esqueçamos os avós e os idosos: graças às suas carícias muitas vezes nos levantamos, retomamos o caminho, sentimo-nos amados, fomos curados interiormente".

"Sacrificaram-se por nós e nós não podemos apagá-los de entre as prioridades da nossa agenda. Cresçamos juntos, avancemos em conjunto: o Senhor abençoará o nosso caminho", disse.

Papa apela para que Mediterrâneo "nunca mais seja cenário de morte e desumanidade"

O Papa Francisco pediu, este domingo, durante a oração dominical do Angelus, para que o mar Mediterrâneo "nunca mais seja cenário de morte e desumanidade", numa referência "ao drama" dos migrantes do Norte de África que tentam chegar à Europa.

"Que o Mediterrâneo nunca mais seja cenário de morte e desumanidade", suplicou o chefe da Igreja Católica perante milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

Francisco lembrou "o drama que continua a desenrolar-se para os migrantes do Norte de África", realçando que "milhares ficam, sob um sofrimento incalculável, presos e abandonados em áreas desérticas durante semanas".

Aos líderes europeus e africanos, reunidos hoje numa conferência sobre desenvolvimento e migração na capital italiana, Roma, o Papa pediu "ajuda e assistência" para os migrantes.

Na segunda-feira, a Líbia acusou a Tunísia de ter abandonado dezenas de migrantes africanos no deserto que foram resgatados por guardas fronteiriços líbios e pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Após a recitação do Angelus na Praça de São Pedro, Francisco referiu-se ainda aos golpes de calor e incêndios que assolam vários países.

"Estamos a assistir em vários países a eventos climáticos extremos. Em várias regiões, há ondas anómalas de calor, incêndios devastadores e noutros países há inundações e deslizamentos de terra. Penso nos que sofrem e nos que estão a assistir às vítimas", afirmou.
"Por favor, renovo o meu apelo aos responsáveis das nações, para que se faça algo de mais concreto para limitar as emissões poluentes. É um desafio urgente, que não se pode adiar. Diz respeito a todos: protejamos a nossa casa comum".

Francisco recordou a situação na Coreia do Sul, onde, na última semana, dezenas de pessoas morreram na sequência de cheias e deslizamentos de terra, após três dias de mau tempo no país.

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