05 mai, 2021 - 10:25 • Aura Miguel
Francisco continua a dedicar a catequese das quartas-feiras ao tema da oração e, desta vez, valorizou a riqueza da contemplação. “A oração purifica o coração e, com ele, ilumina também o olhar, permitindo que captemos a realidade sob um outro ponto de vista”.
A propósito do “olhar da fé fixado em Jesus”, o Papa recordou um famoso testemunho contado pelo Santo Cura d'Ars quando um homem do campo, seu paroquiano, lhe disse por que gostava tanto de estar diante do Sacrário: “Eu olho para Ele e Ele olha para mim”.
“É assim: na contemplação amorosa, típica da oração mais íntima, não há necessidade de muitas palavras, basta um olhar, basta estarmos convencidos de que a nossa vida está rodeada por um grande e fiel amor do qual nada nos pode separar", comentou Francisco.
Como “Jesus era um mestre deste olhar” e n’Ele não havia qualquer dualismo entre a sua oração e sua acção, também os cristãos são chamados a “seguir Jesus no caminho do amor”, pois “caridade e contemplação são sinónimos”.
Francisco citou a frase de São João da Cruz, “um pequeno ato de amor puro é mais útil para a Igreja do que todas as outras obras juntas”, para sublinhar que “o que nasce da oração e não da presunção do nosso ego, o que é purificado pela humildade, mesmo que seja um ato de amor isolado e silencioso, é o maior milagre que um cristão pode realizar.”
No final da catequese, o Papa lembrou a todos a importância de rezar o terço neste mês de maio, “para que a Virgem Imaculada liberte a humanidade do drama da pandemia” e convidou os fiéis a associarem-se espiritualmente ao momento de súplica a Nossa Senhora do Rosário, no santuário de Pompeia, no próximo sábado, ao meio dia (hora italiana).