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"Catástrofe humana sem precedentes"

Mais de 30 organizações portuguesas exigem "envio urgente" de ajuda para Cabo Delgado

02 abr, 2021 - 13:00 • Ecclesia

Conferência Episcopal e várias instituições católicas associam-se a apelo em defesa das vítimas de uma "catástrofe".

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Terrorismo em Moçambique. O que se passa em Cabo Delgado?
Terrorismo em Moçambique. O que se passa em Cabo Delgado?

Mais de 30 organizações da sociedade portuguesa e da Igreja Católica lançaram um apelo conjunto em favor do “envio urgente de ajuda humanitária” para Cabo Delgado, no norte de Moçambique, denunciando uma “catástrofe”.

“A população de Cabo Delgado, em Moçambique, está a viver, desde há quatro anos, violentos ataques, que já fizeram mais de 700 mil deslocados internos, numa catástrofe humana sem precedentes na região”, lê-se no comunicado.

Os signatários do apelo pedem ao “Governo Português, à União Europeia e às Nações Unidas” que mobilizem esforços para enviar “com urgência ajuda humanitária para a região de Cabo Delgado”.

Numa ação conjunta, as organizações portuguesas exigem “o cessar da violência, o respeito pelos direitos humanos e o desenvolvimento sustentado” e reafirmam que “não se conformam com a violência, com a injustiça e com o desrespeito pela dignidade humana”.

O documento conta com a assinatura, entre outros, da Conferência Episcopal Portuguesa, Comissão Nacional Justiça e Paz, Amnistia Internacional, Cáritas Portuguesa e Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, JRS, FEC, Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos e várias congregações religiosas

A partir de 4 abril, as organizações da sociedade civil dão voz à catástrofe em Cabo Delgado, todos os domingos, pelas 15h00, recorrendo às redes sociais.

O administrador apostólico da diocese de Pemba manifestou esta quarta-feira “grande preocupação” com os deslocados moçambicanos que fugiram para a Tanzânia, após o recente ataque a Palma, na província de Cabo Delgado.

D. António Juliasse pediu um envolvimento “generalizado” no apoio às pessoas afetadas.“Com a falta de comunicação com Palma, generalizou-se a preocupação e o desespero das pessoas que tinham colegas amigos e familiares lá”, referiu o responsável, citado pela Lusa.

O autoproclamado Estado Islâmico reivindicou na segunda-feira o controlo da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia.

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