24 mar, 2021 - 10:58 • Aura Miguel
"Cristo é o Redentor e não há outro, é a ponte para nos dirigirmos ao Pai. E Maria é a Mãe que nos indica o caminho”, disse o Papa.
Na véspera da solenidade da Anunciação a Maria, que se assinala a 25 de março, Francisco dedicou toda a catequese à Mãe de Jesus, aquela em que “as suas mãos, o seu olhar, a sua atitude são um ‘catecismo' vivo e indicam sempre o âmago, o centro: Jesus”. E como Jesus estendeu a maternidade de Maria a toda a Igreja, “fomos todos colocados debaixo do seu manto”.
Desde então, “Maria está sempre presente, à cabeceira dos seus filhos que deixam este mundo. Se alguém se encontra sozinho e abandonado, ela está ali perto, tal como estava próxima do seu Filho, quando todos o tinham abandonado”, garante o Papa.
“Maria estava e está presente durante os dias da pandemia, perto das pessoas que, infelizmente, concluíram o seu caminho terreno numa condição de isolamento, sem o conforto da proximidade dos seus entes queridos. Maria está sempre ali, com a sua ternura maternal”, afirmou.
E como ela é a “Mulher do «sim», que acolheu com prontidão o convite do Anjo, responde de igual forma às nossas súplicas”, disse Francisco, concluindo que “como e mais do que toda a boa mãe, Maria protege-nos nos perigos. Lá, está ela a rezar por nós, a rezar por quem não reza. Porque é a nossa Mãe”.
No final da catequese, Francisco mostrou-se preocupado com os recentes ataques terroristas no Níger, que causaram a morte a 137 pessoas. Rezou pelas vítimas, pelos seus familiares e por toda a população, “para que a violência sofrida não desfaça a confiança no caminho para a democracia, para a justiça e a paz”.
As grandes inundações no estado australiano da Nova Gales do Sul, também mereceram a solidariedade do Papa, “especialmente para com os que viram destruídas as suas casas”, deixando uma palavra de encorajamento a todos os que estão a procurar os desaparecidos e a levar ajuda aos mais isolados.
Francisco também se referiu ao Dia Mundial da Luta Contra a Tuberculose, que hoje se assinala, esperando que esta data ajude a favorecer “um renovado impulso na cura desta doença e uma maior solidariedade para os que sofrem com esta enfermidade”.