07 jul, 2023 - 12:47 • Diogo Camilo
O secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira, que pediu demissão esta sexta-feira do Governo, foi constituído arguido por suspeitas de corrupção e participação económica em negócio, avança a CNN Portugal.
O Ministério Público e a Polícia Judiciária estão esta sexta-feira a realizar buscas nas instalações do Ministério da Defesa, na Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN), "no âmbito de averiguações a atos praticados entre 2018 e 2021", anos em que o ministro titular da pasta da Defesa era João Gomes Cravinho, atual ministro dos Negócios Estrangeiros.
A demissão do secretário de Estado da Defesa acontece depois de ter sido noticiado que o mesmo contratou Miguel Fernandes, ex-administrador do Alfeite, para assessor da administração da "holding´ da Defesa, IdD - Portugal Defence, sem que este alguma vez tenha sido visto a exercer funções no local.
Em causa está um contrato de assessoria assinado em 25 de março de 2019 entre Marco Capitão Ferreira e a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN), à data liderada por Alberto Coelho - um dos envolvidos na operação judicial "Tempestade Perfeita" - com uma vigência de 60 dias e no valor de 50 mil euros mais IVA.