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Reforma eleitoral

"Sistema gasto". Rio acusa Costa de não aceitar ideias do PSD por não querer mudar nada

23 jul, 2021 - 19:45 • Lusa

Proposta social-democrata documento sugere um aumento dos círculos eleitorais nacionais de 20 para 30, com divisão dos maiores, e a introdução de um círculo de compensação, a par da redução de deputados para 215.

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O presidente do PSD acusou esta sexta-feira o primeiro-ministro, António Costa, de não aceitar ideias nenhumas por “não querer mudar nada”, considerando que o atual “sistema gasto” é feito pelo Partido Socialista.

“O que ele [António Costa] tem dito é um insulto aos portugueses, que assistem permanentemente a nós darmos ideias ao PS e este a rejeitar as ideias porque não quer mudar nada e depois ainda tem a lata de dizer que os outros não têm ideias? Ele é que não aceita ideias nenhumas, porque não quer mudar nada e ainda se quisesse o partido dele não o deixava mudar nada”, afirmou Rui Rio, que falava em Pedrógão Grande (Leiria), durante a apresentação das linhas gerais da reforma do sistema eleitoral do PSD.

O documento, apresentado pelo líder social-democrata e pelo vice-presidente David Justino, propõe um aumento dos círculos eleitorais nacionais de 20 para 30, com divisão dos maiores, e a introdução de um círculo de compensação, a par da redução de deputados para 215.

Rui Rio realçou que o sistema eleitoral não muda desde o 25 de Abril, pedindo ao primeiro-ministro “coragem” para continuar a dizer que o PSD não apresenta ideias.

Questionado pela agência Lusa sobre a posição do ministro Augusto Santos Silva, que na quarta-feira manifestou-se contra a revisão constitucional e do sistema eleitoral propostas pelo PSD, Rui Rio considerou-o um “péssimo sinal”, mas ao mesmo tempo algo “habitual” por parte do PS, que ainda “sem conhecer as propostas e estudar as propostas põe alguém a dizer mal de um qualquer pormenor”.

“O sistema político português tem um descrédito enorme. Qualquer esforço que façamos para reformar o que quer que seja nesse sistema conta com a oposição do PS, porque o sistema é feito basicamente pelo PS”, frisou, considerando que o “sistema gasto” é o próprio Partido Socialista.

Para o presidente do PSD, “o PS é ele próprio o sistema”, acrescentando: “Mas o sistema está a ficar podre e temos de mudar o sistema”.

“Ou o PS alinha na mudança ou então teremos de ter através do voto uma composição diferente da Assembleia da República que permite que o sistema político se regenere”, salientou.

Rui Rio manifestou também esperança que seja possível mudar a postura do PS através da exposição das ideias do PSD na opinião pública, para que seja “a própria opinião pública a obrigar” o Partido Socialista a fazer “alguma coisa”.

A opinião pública, referiu, “é a única coisa que preocupa o PS”.

Durante a sessão de apresentação do documento, Rui Rio frisou que esta reforma protege os partidos pequenos (quem sofre os maiores cortes no número de deputados são o PS e PSD) e discrimina positivamente o interior do país, daí o local escolhido para a apresentação da proposta ter sido o concelho de Pedrógão Grande, fortemente atingido pelo grande incêndio de junho de 2017.

O presidente do PSD mostrou-se ainda aberto para fazer reduzir o número de eleitos até aos 211 deputados - mas “não mais do que isso” - e ainda para “discriminar um pouco mais os círculos mais pequenos”.

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  • Cidadao
    23 jul, 2021 Lisboa 20:09
    Enquanto não se votar diretamente no nome do "nosso" deputado, "alterações" como esta só significam mudar qualquer coisa, para tudo continuar na mesma. Queremos votar em pessoas, e ter a hipótese de anualmente, poder demitir essas pessoas se tiverem ido para lá eleitos por uma campanha eleitoral, que renegaram mal se apanharam lá dentro. Alterações de cosmética, ao nível do tamanho dos círculos, mas continuar a votar em Partidos, que elegem eles mesmos lá no segredo dos Deuses, os "seus" deputados-cacique... Esqueçam!

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