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João Leão avisa: "A alternativa é um orçamento apresentado pelo PSD"

22 out, 2021 - 18:29 • Lusa

João Leão reforçou que o PSD, no ano passado, "criticava o orçamento por dar tudo e a todos, por ser irrealista, por ter uma visão do Estado social que é de contenção e de corte".

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O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, afirmou esta sexta-feira que a alternativa à viabilização à esquerda da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) apresentada pelo Governo é um orçamento feito pelo PSD.

"A alternativa que se oferece ao país e à população é um orçamento apresentado pelo PSD. Já vimos no ano passado qual era a visão, na hora da verdade, do PSD: cortes, congelamento do salário mínimo", disse no parlamento, durante a apreciação, na generalidade, da proposta do Governo para o OE2022.

Respondendo ao deputado do PS João Paulo Correia, João Leão reforçou que o PSD, no ano passado, "criticava o orçamento por dar tudo e a todos, por ser irrealista, por ter uma visão do Estado social que é de contenção e de corte".

"Por esse mesmo motivo, pensamos que faz sentido que os partidos que não se reveem na visão da direita sobre como é que deve ser um bom orçamento para a economia e para as famílias, se devem procurar entender e procurar soluções e alternativas, num esforço de convergência entre as diferentes preocupações", defendeu o governante no parlamento.

Referindo-se ao crescimento económico, João Leão recuperou as críticas do PSD de "falta de estratégia" enunciadas pelo deputado Duarte Pacheco.

"É um mito da direita a ideia de que Portugal não cresce e que só vai crescer temporariamente. Quem nos vê de fora acredita em nós, e quem faz a avaliação da economia portuguesa está a considerar e a prever que vamos ter um forte período de crescimento", disse João Leão, baseando-se no recente aumento do "rating" nacional por parte da Moody"s.

Duarte Pacheco tinha afirmado que um dos "três pecados mortais" do OE2022 proposto pelo Governo se prendia com ausência de estratégia, em particular sobre o crescimento económico.

"Aquilo que está aqui a propor, senhor ministro, não tem estratégia. O Governo limita-se a navegar à vista. Por isso mesmo é que a falta de apoios à criação de riqueza é tão evidente: não há uma única entidade patronal, uma única entidade empresarial, uma única entidade sindical, que se reveja neste diploma", acusou Duarte Pacheco.

No entender do parlamentar social-democrata, não há "medidas concretas para reforço da competitividade da economia portuguesa" ou da "produtividade", alertando que Portugal está a ser ultrapassado pelos parceiros da União Europeia.

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