A+ / A-

Morte de Navalny

"Perfeitamente insuficiente." Respostas do embaixador russo não esclareceram Cravinho

21 fev, 2024 - 17:42 • Ana Kotowicz

Respostas sobre a morte de Alexei Navalny não esclareceram e não convenceram o Estado português, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.

A+ / A-

O Estado português não está esclarecido nem convencido. João Gomes Cravinho reagia assim, no Brasil, à audiência do embaixador russo em Portugal que, em Lisboa, respondeu às dúvidas portuguesas sobre a morte de Alexei Navalny, o principal opositor de Vladimir Putin, que morreu na sexta-feira passada numa prisão da Sibéria.

"Já teve lugar esta manhã e o embaixador não foi capaz de nos fornecer os esclarecimentos que havíamos pedido", afirmou João Gomes Cravinho, à margem do primeiro dia de reunião dos chefes da diplomacia do G20, na cidade brasileira do Rio de Janeiro.

"Infelizmente, a resposta do lado russo foi uma resposta perfeitamente insuficiente", considerou o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Na segunda-feira, o embaixador Mikhail L. Kamynin foi convocado para uma reunião ao Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE). "O Ministério dos Negócios Estrangeiros convocou o Embaixador da Federação Russa em Lisboa para prestar esclarecimentos no seguimento da morte de Alexei Navalny, um dos principais opositores políticos do regime de Vladimir Putin", esclareceu o gabinete do ministro João Gomes Cravinho, em comunicado enviado à Renascença.

Na sexta-feira passada, Gomes Cravinho comparou a morte de Navalny à do general Humberto Delgado, durante o Estado Novo. "Não temos dúvidas nenhumas que Navalny morre porque o regime que Putin criou levou à sua morte, da mesma maneira que Humberto Delgado morre por causa do regime liderado por Salazar em Portugal", declarou.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • António Meyrelles
    22 fev, 2024 Foros de Albergaria 16:06
    Eu já sabia que o MNE era pró parvinho e pau-mandado só julgava que não era tanto! É sempre lamentável a morte seja de quem for mas porquê tanto "empenho" em conhecer esta! Já chamaram o embaixador de Israel para explicar porque assassinam milhares de palestinianos? Tristeza de subserviência...

Destaques V+