A+ / A-

Manuel Pizarro

Seria “inaceitável” se se provasse interferência política no caso das gémeas

06 dez, 2023 - 13:03 • Olímpia Mairos , com redação

Ministro da Saúde garante estar “inteiramente disponível” para colaborar com as autoridades neste caso.

A+ / A-

Seria inaceitável que a decisão de tratar as gémeas luso-brasileiras não tivesse sido exclusivamente médica.

É a resposta do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, questionado na última hora sobre a existência de eventuais pressões políticas para facilitar o acesso das duas bebés a um tratamento de quatro milhões no Hospital de Santa Maria.

Sem se alongar em muitos comentários, Manuel Pizarro garante estar “inteiramente disponível” para colaborar com as autoridades neste caso.

O governante diz ainda que seria inaceitável se se provasse que tinha havido interferência política.

“O que nós procuramos fazer nestes casos é enviar aquilo ao serviço - ‘vejam lá se esta pessoa tem razão, vejam lá, se de facto, o tratamento correu como a pessoa diz -’ e, depois, o que acontece nos serviços, na maior parte dos casos, não tenho feedback, espero que as pessoas procurem tratar bem todas as pessoas”, explica Pizarro.

Questionado sobre se estranharia se a decisão médica fosse ultrapassada por uma decisão, uma pressão política, o ministro diz que tal seria “inaceitável”.

“A decisão clínica tem que prevalecer no serviço de saúde, tem absoluta prioridade sobre todos os pontos de vista. Isso seria mesmo inaceitável”.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou esta segunda-feira que abriu um processo de inspeção ao caso das gémeas que vivem no Brasil e receberam um tratamento de quatro milhões de euros no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Em causa está uma reportagem da TVI segundo a qual duas gémeas luso-brasileiras vieram a Portugal em 2019 receber o medicamento Zolgensma, - um dos mais caros do mundo – para a atrofia muscular espinhal, que totalizou no conjunto quatro milhões de euros.

Segundo a TVI, há suspeitas de que isso tenha acontecido por influência do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que já negou qualquer interferência no caso.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Maria
    06 dez, 2023 Palmela 15:05
    O melhor e despacharem o costa e o marcelo! Nao precisamos de gente a mandar em nos!

Destaques V+