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Especialistas em incêndios deslocam-se à Austrália para troca de experiências

21 out, 2023 - 01:31 • Marisa Gonçalves

Durante três semanas especialistas portugueses vão participar em ações de treino no planeamento e na contenção de fogo. Portugal foi o segundo país europeu mais afectado pelos fogos florestais em 2022.

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Especialistas portugueses e representantes de entidades que compõem o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) partem para a Austrália, este sábado, para intercâmbio formativo em planeamento operacional, sistema de comando e controlo e fogo controlado.

De acordo com um comunicado emitido pela Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), pretende-se que esta experiência contribua para formatar os módulos de planeamento estratégico, comportamento do fogo, suscetibilidade ao fogo, gestão de equipas em incêndios rurais, gestão do fogo rural, proteção contra incêndios rurais, meteorologia e fogo, entre outros.

“Queremos que estas pessoas tragam algum conhecimento. Vão contactar com a realidade australiana em termos de planeamento, com ferramentas de apoio à decisão, com sistemas de gestão de recursos para que nos possamos aproximar. O ideal, no futuro, é que nós adotemos standards internacionais”, afirma à Renascença, Paulo Mateus, do Conselho Diretivo da AGIF.

Durante três semanas, seis especialistas vão contactar com a realidade australiana, participar em ações de treino no planeamento e execução de ações de supressão e contenção de fogo, entre outros temas.

Paulo Mateus diz ser também uma oportunidade para treinar ações de fogo controlado, uma prática habitual na Austrália.

“Fazem-no em larga escala, em grandes fogos controlados. As dimensões de cada país são completamente diferentes e os territórios são muito mais vastos na Austrália. Eles conseguem ter esta dinâmica dos fogos controlados em centenas de hectares. Esta realidade é útil para treinar a contenção ao fogo”, adianta.

O responsável do Conselho Diretivo da AGIF entende que o fogo controlado pode ser benéfico para os bombeiros e elementos da Proteção Civil, num teatro de operações

“Penso que devemos utilizar mais esta ferramenta de gestão de combustível porque é uma ferramenta de baixo custo e ajuda a diminuir o risco de incêndio”, declara.

A deslocação de especialistas portugueses à Austrália decorre no âmbito de um programa que conta com o financiamento da Rotary International Foundation, no valor de 65 mil euros.

Portugal foi o segundo país europeu mais afectado pelos fogos florestais em 2022, com 153 incêndios a queimarem uma área de 949 quilómetros quadrados, segundo um relatório divulgado pela Agência Europeia do Ambiente.

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