A+ / A-

Guerra Israel-Hamas

Israelitas de Lisboa condenam ataques e pedem a Portugal que mantenha apoio ao país

10 out, 2023 - 07:55 • Lusa

A Comunidade Israelita de Lisboa promove esta terça-feira, pelas 21h00, no Alto do Parque Eduardo VII, em Lisboa, uma vigília solidária pelas vítimas dos ataques.

A+ / A-

A Comunidade Israelita de Lisboa condenou esta terça-feira o ataque do Hamas a partir de Gaza, com centenas de sequestros, e pediu a Portugal que "mantenha e reforce o seu apoio ao Estado e ao povo de Israel".

Numa mensagem enviada à Lusa, o presidente da CIL, David Joffe Botelho, disse que "não há justificação para este nível de desumanidade e de crueldade" e que a organização "chora as vítimas dos desprezíveis ataques terroristas perpetrados em Israel e manifesta a sua total solidariedade para com as suas famílias neste momento de enorme sofrimento e pesar".

Afirmando-se "unida e solidária", a CIL "apela ao Estado Português que mantenha e reforce o seu apoio ao Estado e ao povo de Israel", que "tem o inequívoco direito de se defender destes e de futuros ataques e de empenhar a plena capacidade das suas forças de segurança no sentido de proteger a sua integridade territorial e a defesa da sua população".

Por isso, Joffe Botelho diz que a "CIL está solidária com o povo de Israel e com todos aqueles cujas vidas foram roubadas ou afetadas por ações terroristas".

"Estamos imensamente apreensivos com a situação de todas as pessoas que foram sequestradas" e "esperamos que possam sobreviver a esta provação inimaginável e a estas ações de violência e de terror", acrescenta o dirigente na mensagem enviada à Lusa.

Agora, a CIL espera que os reféns "possam voltar em segurança para as suas famílias e que as suas vidas não sejam interrompidas em nome de uma barbárie sem razão e sem sentido", de modo a que "justiça prevaleça e que rapidamente seja possível regressar-se a uma desejada situação de paz".

A CIL promove esta terça-feira, pelas 21h00, no Alto do Parque Eduardo VII, em Lisboa, uma vigília solidária pelas vítimas dos ataques, "desprezíveis atos de terrorismo que têm assolado Israel e que vitimaram centenas de pessoas, a umas roubando a vida, a outras o direito ao futuro, impactando milhares de famílias e marcando para sempre todo um povo".

É nessa zona que a CIL tem celebrado a Chanukkah, uma cerimónia judaica que simboliza a vitória da luz sobre as trevas.

Para David Botelho, "apesar de este não ser o tempo da Chanukkah, este é seguramente o tempo de afirmar os valores da vida, do direito à paz e à segurança e de alimentar o sentimento de esperança".

"Faremos uma vigília pelas vítimas e por Israel, lembrando os que caíram às mãos do terrorismo, que merece inequívoca condenação e combate, mas que não triunfará nem desmobilizará o Estado e o povo de Israel na defesa da sua soberania, integridade territorial e população", referiu.

A vigília conta com o apoio da Embaixada de Israel em Lisboa e estará presente o rabino da comunidade, Ruben Suiza, que fará uma "leitura em memoria das vitimas e de apelo à paz", referem os promotores.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

Israel declarou guerra total e prometeu castigar o Hamas como nunca antes, e a mobilização de 300 mil reservas israelitas aumentou a perspetiva de uma invasão terrestre ou mesmo de uma reocupação de Gaza. O exército israelita afirma que já matou centenas de militantes e bombardeou numerosos alvos do Hamas.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+