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MAI diz que forças de combate têm de habituar-se a incêndios extremos

21 jun, 2023 - 20:11 • Lusa

O ministro destacou que "pela primeira vez" esta prática está a ser desenvolvida "nos cinco comandos regionais do país", que integram equipas multidisciplinares com elementos "das Infraestruturas de Portugal, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, do INEM, dos bombeiros, da Proteção Civil e da GNR" e deu como exemplo o incêndio que, há cerca de dois meses, obrigou à retirada de cerca de 2.000 pessoas em Espanha.

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O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse hoje às forças de combate aos incêndios que têm de habituar-se ao conceito de fogos extremos e que estão a ser preparadas para proteger pessoas, bens e património.

O governante explicava às forças do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) do Sul que este é um conceito "que já está consolidado" na Europa e que o modo de combate a esse tipo de fogos passa por "fazer a gestão do incêndio".

"São incêndios que, em determinado momento, não é possível combatê-los, sob pena de colocar em risco a vida dos próprios elementos do dispositivo de Proteção Civil. Portanto, há que desenvolver técnicas e capacidades para que quem está na frente de combate só atue nos momentos considerados operacionalmente adequados", explicou, depois, José Luís Carneiro.

O ministro destacou que "pela primeira vez" esta prática está a ser desenvolvida "nos cinco comandos regionais do país", que integram equipas multidisciplinares com elementos "das Infraestruturas de Portugal, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, do INEM, dos bombeiros, da Proteção Civil e da GNR" e deu como exemplo o incêndio que, há cerca de dois meses, obrigou à retirada de cerca de 2.000 pessoas em Espanha.

"Houve momentos em que, mesmo com os meios disponíveis, não se conseguia empregar os meios. Por isso é que se fala cada vez mais de gerir, de fazer a gestão do incêndio, procurando a melhor oportunidade para, quando perder força, haver então o ataque e procurar debelá-lo", apontou.

O ministro explicou o conceito no final de um exercício de treino operacional para as forças do DECIR, no quartel dos Bombeiros Voluntários de Évora, no âmbito da iniciativa "Governo + Próximo", que termina na quinta-feira, na capital de distrito do Alto Alentejo, com a reunião do Conselho de Ministros.

José Luís Carneiro confirmou, também, que hoje há "mais meios [aéreos] do que no ano passado", após a chegada de mais um meio esta manhã e dois ao fim do dia e garantiu que o dispositivo de combate está preparado para a vaga de calor que se prevê nas próximas semanas, apesar de a "fase crítica" estar planeada para o período de 01 de julho a 31 de setembro.

"O sistema está preparado, como já aconteceu desde abril, para reforçar os meios sempre que há circunstâncias de exceção, pré posicioná-los e mobilizá-los para o teatro de operações", assegurou o ministro da Administração Interna.

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