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Açores. Proteção Civil desativa plano de emergência em São Jorge

26 set, 2022 - 16:53 • Lusa

O Serviço Regional de Porteção Civil e Bombeiros dos Açores justificou a decisão por considerar "não existir iminência de ocorrência grave" de eventos sismovulcânicos.

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O Plano Regional de Emergência de Proteção Civil dos Açores (PREPCA), ativado devido à crise sismovulcânica na ilha de São Jorge, foi hoje desativado por não existir “iminência de ocorrência grave”, avançou a Proteção Civil açoriana.

“Para esta desativação ser efetivada foi ponderado o facto de, nas atuais condições, não existir iminência de ocorrência grave ou outras circunstâncias de relevo, pelo que se considera que não existem critérios que justifiquem a manutenção dos planos (municipais e regional) ativos”, adiantou o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), em comunicado de imprensa.

O Plano Regional de Emergência da Proteção Civil dos Açores foi ativado a 23 de março, dia em que o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) elevou o nível de alerta vulcânico na em São Jorge para V4 (ameaça de erupção), na sequência da crise sismovulcânica registada desde 19 de março.

No total, existem sete níveis de alerta, em que V0 significa "estado de repouso" e V6 "erupção em curso".

A 8 de junho, o CIVISA baixou o nível de alerta na ilha de São Jorge para V3 (sistema ativo sem iminência de erupção).

O Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores deliberou agora desativar o plano, “em estreita coordenação” com os serviços municipais de Proteção Civil dos concelhos de Velas e Calheta, em São Jorge, e com as entidades intervenientes na operação, ressalvando que o plano regional e os planos municipais “poderão ser ativados logo que se justifique”.

Segundo a Proteção Civil açoriana, “será retirada da ilha de São Jorge parte dos recursos materiais e humanos” que se tinham deslocado para lá devido à crise sismovulcânica, “de forma faseada, consoante os planeamentos das entidades empenhadas e disponibilidade de transporte”.

Segundo dados do CIVISA, desde 19 de março, foram registados 52.271 sismos “de baixa magnitude e de origem tectónica” na ilha de São Jorge, dos quais 324 sentidos pela população.

O sismo mais energético desta crise ocorreu no dia 29 de março, às 21h56 locais (22h56 em Lisboa), com epicentro a dois quilómetros a sul-sudoeste das Velas e magnitude de 3,8 na escala de Richter.

No ponto de situação diário sobre a situação sismovulcânica em São Jorge, o CIVISA revela que “a atividade sísmica das últimas semanas apresenta uma ligeira tendência decrescente, por vezes interrompida por pequenos períodos de maior frequência e/ou energia libertada, situando-se presentemente os hipocentros, no geral, a profundidades superiores a cinco quilómetros”.

Ainda assim, ressalva que a atividade sismovulcânica continua "muito acima dos valores de referência para a região" e admite "a possibilidade de se registarem eventos sentidos", não excluindo a "eventual ocorrência de sismos de magnitude mais elevada".

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