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Organizações sociais afetadas pela pandemia recebem 1,1 milhão de euros da Gulbenkian

29 dez, 2021 - 11:46 • Maria João Costa

Doze organizações que atuam na área da saúde mental e junto de outros públicos vulneráveis vão receber um apoio excecional. A Fundação Gulbenkian destina estas verbas à recuperação e incentivo à “criação de respostas mais adequadas à nova realidade social”.

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Para continuar a ajudar quem precisa e para adequar as respostas à nova realidade social, a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu reforçar, nesta quarta-feira, em 1,1 milhão de euros o apoio financeiro a 12 organizações sociais afetadas pela pandemia.

Em comunicado, a Gulbenkian indica que este apoio excecional se destina a instituições que atuam nas áreas da saúde mental, mas não só. Segundo a instituição, e “de acordo com dados disponibilizados pela Nova SBE, as organizações sociais que prestam apoio a pessoas em dificuldades reportaram que se deparam com grandes dificuldades em dar a resposta necessária a um conjunto acrescido de problemas sociais que a pandemia também veio intensificar”.

Casos como “a diminuição das prestações mensais, a quebra de donativos e de fundos públicos e privados, o aumento de custos, a necessidade de adaptação da atividade e a perda de colaboradores e voluntários” levantam novos desafios.

“Para estas organizações, problemas como a saúde mental (para 88% das entidades), a pobreza e os sem-abrigo (73%), a exclusão e desigualdades (61%) e a violência doméstica (36%) vão agravar-se nos próximos anos”.

A presidente do conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian refere que “a pandemia veio tornar mais vulneráveis aqueles que já eram os mais vulneráveis”. Segundo Isabel Mota, “a Fundação Calouste Gulbenkian não podia ignorar as dificuldades por que passam as organizações sociais que, todos os dias, estão no terreno a apoiar aqueles que mais sofrem e mais precisam”.

É neste quadro que a Gulbenkian aprovou o apoio excecional de 1,1 milhão de euros e que visa “reforçar o apoio a estas organizações, com trabalho reconhecido”. “É estar onde é preciso”, conclui Isabel Mota.

O montante será dividido por “cinco organizações com trabalho na área da saúde mental e a outras sete que apoiam públicos vulneráveis, tais como idosos, vítimas de violência, pessoas em situação de sem-abrigo, migrantes e refugiados e deficientes, em Portugal e nas comunidades arménias”, esclarece o comunicado da fundação.

A Gulbenkian compromete-se também, “durante o ano de 2022”, “a dar prioridade às organizações sociais que desempenham um papel determinante na mitigação dos efeitos da pandemia na sociedade”.

Entre as organizações apoiadas estão, por exemplo, a Alzheimer Portugal, a APAV, a Comunidade Vida e Paz, o Serviço Jesuíta aos Refugiados, a Associação Salvador, a Karagheusian Association, do Líbano, e a SOSE Women’s Issues, da Arménia.

Já na área da saúde mental estão incluídas na lista organizações como o Espaço T, a Encontrar+SE, a Associação ManifestaMENTE, a MOJU – Associação Movimento Juvenil de Olhão e a Associação Aventura Social.
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