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Alimentação

Portugueses consumiram menos 25 toneladas de sal e menos 6 mil de açúcar

15 fev, 2022 - 16:02 • Ana Carrilho

Em três anos, houve uma redução de 11% em nome da saúde. O processo de reformulação dos produtos alimentares é um compromisso entre o Estado e as principais associações do setor alimentar.

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O teor de sal e açúcar nos alimentos produzidos em Portugal baixou mais de 11% nos últimos três anos, indica um relatório apresentado esta terça-feira no Infarmed, em Lisboa.

É o resultado preliminar de um compromisso assumido em 2018, envolvendo a Direção-Geral da Saúde (DGS), Instituto Ricardo Jorge, Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) e Federação das Indústrias portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), com monitorização da empresa de auditoria NielsenIQ.

Insere-se no Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, da DGS e na Estratégia Integrada para a Alimentação Saudável.

Batatas fritas, snacks, pizzas e cereais de pequeno almoço foram os alimentos com maior redução de sal, em média, 11,5%. Quanto ao açúcar, baixou, em média 11,1%, sobretudo nos cereais, iogurtes, leite fermentado, leite aromatizado, refrigerantes e néctares.

Para cerca de metade dos alimentos já se atingiu a meta que tinha sido estabelecida para 2022.

De acordo com o Relatório de Progresso da Reformulação dos Alimentos em Portugal, estima-se que houve uma redução total de 25,6 toneladas de sal e 6.256 toneladas de açúcar nos alimentos, desde 2018.

No entanto, todas as partes envolvidas mostram vontade de alargar o compromisso a mais categorias de alimentos e com metas mais ambiciosas.

Para conseguir estes resultados, houve investimento tanto das empresas de distribuição como das indústrias alimentares, que apostaram na investigação para a produção de produtos mais saudáveis e sustentáveis.

Por outro lado, acabaram por criar novas áreas de negócio, por exemplo, "bio" e saudável", privilegiando a produção nacional e com mais informação sobre os ingredientes. Com consumidores mais exigentes também as estratégias de comunicação estão a mudar, admitiram os representantes da APED e da FIPA.

Para o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, os resultados são positivos e apesar de ser necessário fazer mais," é o caminho certo para promover uma alimentação mais saudável para os portugueses".

Lacerda Sales sublinhou que "a saúde não é só prestação de cuidados de saúde, também se faz com alimentação e estilo de vida saudáveis", que reduzem o risco de inúmeras doenças crónicas.

[notícia atualizada]

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