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Gripe sazonal

Ministra da Saúde apreensiva com gripe neste inverno

18 out, 2021 - 12:12

A vacina da gripe, que começa esta segunda-feira a ser administrada a maiores de 65 anos em conjunto com uma terceira dose da vacina contra a Covid, costuma ser desenvolvida a partir da estirpe do ano anterior, mas em 2020 praticamente não houve casos.

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Arranca esta segunda-feira a vacinação, em simultâneo, contra a gripe e contra a Covid-19. A medida abrange cerca de dois milhões de pessoas com 65 anos, ou mais.

Marta Temido, a ministra da Saúde, avisa desde já que só em novembro é que o ritmo de vacinações será mais intenso.

“Não vai ser ainda em outubro, mas será sobretudo em novembro que o ritmo se intensifica, porque a administração das vacinas da gripe e da Covid exige que se combine muito bem os prazos de entrega de umas e de outras em termos das encomendas feitas pelo país, e como sabem a vacinação contra a gripe é sempre mais concentrada no mês de novembro”, explica.

A ministra clarifica ainda que “as pessoas continuarão a ser convocadas pelos mecanismos habituais, e que estamos a fazer alguns ajustamentos para que situações que têm dado aso a algumas dúvidas em quem recebe o SMS sejam clarificadas.”

A ministra da Saúde referiu ainda estar apreensiva quanto à eficácia da vacina da gripe. A vacina é feita em função das estirpes do ano anterior, mas no ano passado, com a pandemia, praticamente não houve gripe.

“A vacina da gripe tem sempre essa condicionante. Nós este ano não temos atividade gripal em circulação. Temos, naturalmente, alguma apreensão pelo facto de que o ano passado tivemos todos muito mais protegidos em termos daquilo que foi a nossa exposição, não só à gripe, mas também a infeções respiratórias em geral, portanto vamos ter de acompanhar.”

“Naturalmente que vai ser um inverno que se apresenta na sequência de um período de confinamento prolongado, em alguns casos de menor utilização de serviços de saúde e portanto temos de estar atentos”, acrescenta.

Nestas declarações Marta Temido rejeita a acusação de que não queira reunir com os médicos ou outras classes ligadas à saúde. “Basta ver a delegação de competências que existe desde o início da legislatura, de que os temas de recursos humanos são acompanhados pelo Gabinete do secretário de Estado-adjunto e da Saúde e, portanto, o senhor secretário de Estado-adjunto e da Saúde representa o Ministério da Saúde para efeitos de reuniões.”

“Naturalmente ele tem reunido, tem falado com as estruturas sindicais, tem feito o seu trabalho, a ministra da Saúde também está quando existe alguma questão que se prende com as minhas áreas que tenho na minha esfera de trabalho.”

Milhões para melhorar acesso

A proposta do Orçamento do Estado do Governo para 2022 atribui à Saúde 700 milhões mais do que no ano anterior. Marta Temido diz que o dinheiro será usado para melhorar o acesso dos cidadãos ao Serviço Nacional de Saúde.

“Desde logo tudo o que se prende com a melhoria do acesso aos cuidados de saúde, designadamente na área dos cuidados de saúde primários, cuidados hospitalares e noutras áreas, mas todo o esforço de investimento no SNS prende-se com melhor acesso e, este ano, por exemplo, apesar da Covid, vale a pena referir que todas as linhas de atividade assistencial estão já com aumentos face a 2020 e, maioritariamente, face a 2019, por isso o SNS está a responder for força dos profissionais e do seu esforço.”

“Vamos continuar a trabalhar porque ainda não acabaram os desafios e os problemas que temos de ultrapassar”, termina

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