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Censos 2021. População portuguesa caiu 2% em dez anos

28 jul, 2021 - 11:13 • Redação com Lusa

Dados preliminares revelados esta quarta-feira mostram quem somos, como vivemos e onde estamos. Ministra da Presidência fala em dados fundamentais para “tomar decisões” e “minimizar os impactos da crise social e económica”.

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O Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa são as únicas regiões que registaram um crescimento da população Foto: Manuel De Almeida/Lusa
O Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa são as únicas regiões que registaram um crescimento da população Foto: Manuel De Almeida/Lusa
Foto: EPA
Foto: EPA

O número de habitantes, em Portugal, decresceu 2% nos últimos dez anos. Os primeiros resultados dos Censos 2021 divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram um país mais litoralizado.

Portugal tem hoje 10.347.892 residentes, menos 214.286 do que em 2011, segundos os resultados preliminares. O país tem 4.917.794 homens (48%) e 5.430.098 mulheres (52%).

Segundo o INE, a única década em que se verificou um decréscimo populacional foi entre 1960 e 1970. Assim, o saldo migratório positivo não foi suficiente para compensar o saldo natural negativo (diferença entre nascimentos e óbitos).

Odemira regista maior crescimento e Barrancos maior decréscimo

O Interior continou a perder população, mas também Lisboa e Porto registaram uma queda do número de residentes. Pelo contrário, Braga foi o concelho que mais cresceu em população.

O Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa são as únicas regiões que registaram um crescimento da população, sendo o Alentejo aquela que assinala o decréscimo mais expressivo.

Odemira, Mafra, Palmela, Alcochete e Vila do Bispo são os cinco municípios que registaram maior crescimento da população na última década, enquanto o maior decréscimo se verificou em Barrancos, segundo os resultados preliminares dos Censos 2021.

Os dados indicam que, “em termos relativos, Odemira com 13,3% (mais 3.457 residentes) e Mafra com 12,8% (mais 9.838 residentes) foram os municípios que registaram os maiores acréscimos populacionais na última década, seguindo-se Palmela, Alcochete e Vila do Bispo, com valores entre os 9,6% e os 8,8%”.

Em decréscimo populacional, os cinco municípios que se destacam são Barrancos (-21,8%), seguindo-se Tabuaço (-20,6%), Torre de Moncorvo (-20,4%), Nisa (-20,1%) e Mesão Frio (-19,8%), revelou o INE.

Comparativamente a 2011, o concelho de Odemira, no distrito de Beja, aumentou de 26.066 para 29.523 habitantes (13,3%), de acordo com os resultados preliminares dos Censos 2021.

No extremo oposto, no município de Barrancos, no distrito de Beja, o número de habitantes caiu de 1.834, em 2011, para 1.435, em 2021 (-21,8%).

Metade da população concentrada em 31 dos 308 municípios

Cerca de 50% da população residente em Portugal concentra-se em 31 dos 308 municípios, localizados maioritariamente nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto.

“Nos últimos dez anos, dos 308 municípios portugueses, 257 registaram decréscimos populacionais e apenas 51 registaram um aumento. Na década anterior tinham assistido a quebras populacionais 198 municípios”, indicou o INE.

Segundo os dados preliminares dos Censos 2021, o padrão de litoralização e o movimento de concentração da população junto da capital portuguesa foram acentuados e reforçados durante a última década.

De acordo com o INE, da análise por município conclui-se que “os territórios localizados no interior do país perdem população” e os municípios que assistiram a um crescimento populacional se situam predominantemente no litoral, “com uma clara concentração em torno da capital do país e na região do Algarve”.

Número de casas aumenta mas a ritmo lento

O país registou um ligeiro crescimento do número de edifícios e de alojamentos destinados à habitação, embora num ritmo bastante inferior ao verificado em décadas anteriores.

“De acordo com os Resultados Preliminares dos Censos 2021, o número de edifícios destinados à habitação era de 3.587.669 e o de alojamentos de 5.961.262, valores que face a 2011 representam um aumento de 1,2% e 1,4%, respetivamente”, concluiu a autoridade estatística.

No entanto, o crescimento do parque habitacional entre 2011 e 2021 é bastante inferior ao verificado na década anterior, quando os valores se situavam na ordem dos 12% para edifícios e 16% para alojamentos.

Por regiões, os Açores e o Algarve registaram o maior crescimento no número de edifícios e de alojamentos destinados à habitação, com subidas de 2,8% e 2,5% ao nível dos edifícios, respetivamente, e 2,8% nos alojamentos, em ambas as regiões.

O número de alojamentos destinados à habitação aumentou em 221 municípios portugueses (72% do total de municípios, com Madalena, Vizela, Lousada, Campo Maior e Odemira a registarem as maiores subidas no número de alojamentos, com valores situados entre os 13,5% e os 6,3%).

No sentido oposto, Tarouca, Penela, Coruche, Mação e São Vicente foram os municípios onde se registaram as descidas mais significativas, com o número de alojamentos a variar entre os -10,5% e -4,6%.

Em 2021, o número médio de alojamentos por edifício em Portugal é de 1,7, um valor que se mantém desde 2011.

A Área Metropolitana de Lisboa é a região que regista o valor mais elevado, com 3,3 alojamentos por edifício, enquanto os Açores e o Alentejo registam os valores mais baixos, de 1,1 e 1,2, respetivamente.

Dados fundamentais para “tomar decisões”

Os dados preliminares do Censos 2021 “são fundamentais” para “tomar decisões” e, desde logo, para “minimizar os impactos da crise social e económica” decorrentes da pandemia da Covid-19, sublinhou esta quarta-feira a ministra da Presidência.

“Neste contexto de incerteza em que vivemos, precisamos como nunca de informação, atempada, para desenhar políticas públicas”, frisou Mariana Vieira da Silva, no encerramento da sessão de apresentação dos primeiros dados do Censos 2021, organizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Os dados que hoje começámos a conhecer são fundamentais”, realçou, destacando que o valor da informação “aumenta em tempos de vulnerabilidade”.

Demonstrando “orgulho” na “maior operação estatística da década”, a ministra de Estado e da Presidência elogiou o INE por ter conseguido adaptar-se ao “desafio acrescido da pandemia” e recordou o lema do próprio Censos: “Contámos todos e contámos com todos”.

Nem o saldo migratório positivo foi suficiente para “compensar” a redução da população portuguesa, que, nos últimos dez anos, decresceu em dois por cento, realçou Francisco Lima, presidente do INE, acrescentando que a única década em que se verificou um decréscimo populacional foi entre 1960 e 1970.

Os dados revelados esta quarta-feira têm ainda um caráter preliminar. Os resultados definitivos dos Censos 2021 só devem ser conhecidos no quarto trimestre de 2022, sendo que está prevista uma sessão intermédia de apresentação de mais resultados provisórios em fevereiro.

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  • Bruno
    28 jul, 2021 aqui 13:52
    Excelentes notícias! Um país como Portugal não deveria ter mais do 5 milhões de habitantes de modo a garantir a sustentabilidade ecológica.

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