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Covid-19: Partidos concordam que é tempo de aliviar restrições

27 jul, 2021 - 17:06 • Redação com Lusa

Após a reunião com especialistas no Infarmed, os partidos com assento parlamentar destacaram ainda a importância da vacinação.

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Em reação à reunião dos especialistas e epidemiologistas na sede do Infarmed, todos os partidos com assento parlamentar concordam que é tempo de aliviar as restrições sanitárias contra a Covid-19.

O secretário-geral adjunto do PS defendeu esta terça-feira que a campanha de vacinação está a resultar, existindo condições para começar a aliviar medidas restritivas, e que foi acertado marcar as eleições autárquicas já para setembro, afastando-as do inverno.

José Luís Carneiro sustentou ainda que, com o avanço progressivo da vacinação, “é menor o recurso aos cuidados hospitalares e aos cuidados continuados, sendo também evidente uma redução do número de óbitos”.

Já o PSD defendeu que o Governo deve acolher "rapidamente" as recomendações dos especialistas e alterar a matriz de risco, apelando também a uma campanha de esclarecimento antes de se avançar para a eventual vacinação dos mais jovens.

O deputado Ricardo Baptista Leite apelou ainda ao alívio de algumas restrições, considerando que “há um verão inteiro pela frente” e esperança de alguns setores de recuperarem parte das perdas do último ano e meio.

O Bloco de Esquerda acredita que "já não é o tempo de discutir restrições às liberdades individuais, é o tempo de discutir a forma de ganharmos a nossa normalidade na nossa vida, sem colocar em risco o controlo da pandemia”.

Moisés Ferreira, deputado bloquista, defendeu que é necessário “intensificar muito a vacinação” e “garantir que ela chega o mais rapidamente possível aos mais jovens e às faixas etárias para as quais ainda não foi aberto o processo de vacinação”.

O PCP também apela a que se “liberte a vida das famílias de restrições injustificadas” face à pandemia da Covid-19 e sejam tomadas medidas de “dinamização da atividade económica, social, cultural e desportiva”.

Jorge Pires, dirigente comunista, voltou a defender a “diversificação da aquisição de vacinas, junto de países ou farmacêuticas que desenvolveram vacinas reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde”.

O CDS-PP acredita que “é tempo de devolver a liberdade às empresas e às pessoas”, diminuindo as restrições de acesso a hotelaria, restauração e supermercados.

Cecília Anacoreta Correia reiterou ainda a proposta do partido para criação de uma “via verde saúde”, para que quem não tenha acesso a cuidados de saúde no Serviço Nacional de Saúde o possa fazer no privado.

O PAN apontou a necessidade de antecipar o regresso às aulas, defendendo que é fundamental garantir que existem condições de segurança sanitária nas escolas, face às reservas que continuam a existir quanto à vacinação de crianças e jovens.

Inês Sousa Real reforçou a importância dos apoios sociais para a retoma económica do país.

O Partido Ecologista "Os Verdes" fez uma “avaliação positiva” do processo de vacinação em Portugal, salientando a importância de vacinar todos os adultos e “convencer aqueles que ainda não estão convencidos”.

No entanto, a deputada Mariana Silva disse acreditar que se o Governo “tivesse tido outras opções de compra noutras marcas que não aquelas que estavam restritas à União Europeia” o país poderia estar muito mais avançado no “número de pessoas vacinadas com primeira e segunda dose”.

Para a Iniciativa Liberal, o processo de desconfinamento não pode ter por base “calendários eleitoralistas”, numa referência às autárquicas, acusando o Governo de querer aparecer como “o grande libertador” perto das eleições.

“Está na hora de libertar a economia, está na hora de libertar o país, e não gostávamos de continuar a assistir a movimentos calculistas por parte do Governo que mais não são do que decisões políticas”, apontou Bruno Horta Soares, candidato da IL à Câmara Municipal de Lisboa.

Por fim, o Chega também defendeu o fim das restrições de horários nas restauração, comércio e serviços e também apelou que se reabra setores encerrados desde o início da pandemia, como bares e discotecas.

Sobre a vacinação de crianças e jovens entre os 12 e os 16 anos, André Ventura admitiu que pode ser “uma possibilidade” para “um ano letivo mais seguro”, mas recusou comprometer-se com uma posição definitiva.

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