13 jul, 2021 - 08:44 • Beatriz Lopes
Contra o que dizem ser "um ataque ao setor" e contra os milhares de despedimentos, os bancários protestam esta terça-feira frente à Assembleia da República.
Nos últimos meses, foram vários os bancos a avançarem para planos de redução de pessoal abrangendo mais de três mil trabalhadores, usando a pandemia como desculpa. A acusação é do presidente do Mais Sindicato. À Renascença, António Fonseca alerta que os despedimentos em instituições financeiras têm vindo a agravar-se nos últimos anos - prejudicando várias famílias - e não há sinais de melhorias.
"Já houve uma redução de cerca de 9 a 10 mil bancários nos últimos anos e este ano está a haver um ataque severo - aproveitando esta pandemia e da necessidade de reestruturação dos bancos - à classe dos bancários”, diz o sindicalista.
António Fonseca dá vários exemplos. “O BCP neste momento tem mil empregados para reduzir, o Santander tem mais 685, sendo que este ano já saíram 450. E este é o principal motivo do nosso protesto, é sensibilizar o senhor primeiro-ministro que estas restruturações têm de ser feitas, mas com cautela. Os bancários não são números só, são pessoas, são famílias e devem ser acauteladas como isso", recorda.
O protesto desta terça-feira vai reunir todos os sindicatos da banca que pedem uma audiência a António Costa para apresentarem um conjunto de medidas para travar os despedimentos no setor.
A manifestação tem início marcado para 16h30, frente à escadaria do Parlamento.